Reunida na manhã desta quarta-feira (10 de julho), a assembleia de trabalhadores e trabalhadoras do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) decidiu conceder um novo prazo à direção dessa empresa pública estadual (“acordo de paz”) para que ela formule, nos próximos dias, uma contraproposta salarial razoável. “Se nada for apresentado, a greve começa no dia 22 de julho”, adverte o Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Ciência e Tecnologia de São Paulo (SINTPq).

De acordo com o SINTPq, até o momento o IPT não apresentou mudanças significativas, “exceto pela retirada da proposta dois, que incluía um aumento de 1% nos salários e 1,66% no vale-alimentação”. Essa proposta, considerada “absurda” pelo sindicato, por sequer considerar a inflação do período, foi o estopim para o indicativo de greve a partir de 10 de julho, inicialmente aprovado pela categoria.

Na reunião de conciliação entre as partes promovida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) no dia 4 de julho, a juíza Soraya Galassi Lambert, responsável pela mediação, sugeriu que o IPT busque alternativas de melhorias junto ao governo estadual, e os representantes do IPT comprometeram-se a fornecer uma resposta dentro de 10 dias úteis.

Assim, o dia 22 de julho “será a data limite para que o Instituto mostre que está comprometido com os ipeteanos e ipeteanas”, segundo o SINTPq. “Caso contrário, a greve será inevitável”. A decisão passa pela Comissão de Política Salarial (CPS), vinculada à Secretaria de Gestão e Governo Digital (SGGD) e que define os reajustes salariais dos órgãos de administração indireta.

“Mais uma chance dada ao IPT pela categoria. Em audiência de conciliação no último dia 4 os representantes da empresa voltaram a falar que não têm permissão da CPS para melhorar o índice de 2,66% proposto para reajuste de salários e benefícios, e nem o ‘comum acordo’, que poderia retirar a categoria do estado de greve”, declarou a geóloga Priscila Leal, pesquisadora do instituto e diretora do SINTPq, ao Informativo Adusp Online. “O IPT e o governo estadual empurram os trabalhadores para a greve, sem dar nenhuma alternativa”.

EXPRESSO ADUSP


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