Universidade
Adusp pede à Reitoria que adie votação no Co sobre expansão dos campi de Ribeirão Preto e São Carlos, para que a proposta “seja amplamente debatida antes da deliberação”
Nesta sexta-feira, 30 de maio, a Diretoria da Adusp encaminhou ofício ao reitor Carlos Gilberto Carlotti Jr., no qual pede, além de esclarecimentos sobre a proposta de ampliação dos campi da USP em Ribeirão Preto e em São Carlos (noticiada em primeira mão pelo Informativo Adusp Online), que seja adiada a votação da matéria no Conselho Universitário (Co), prevista para acontecer na reunião extraordinária do próximo dia 3 de junho.
“A comunidade universitária tomou conhecimento da proposta de ampliação dos campi da USP em Ribeirão Preto e em São Carlos, cujos investimentos previstos somam centenas de milhões de reais, a serem custeados com recursos próprios da Universidade ainda em 2025”, diz a Diretoria da Adusp no documento.
“Reconhecemos que tais projetos apresentam potencial para expandir atividades acadêmicas, fortalecer a extensão universitária e aprofundar parcerias com o poder público”, pondera. “Ainda assim, considerando a magnitude dos investimentos, entendemos que a proposta merece ser amplamente debatida com a comunidade acadêmica antes de sua deliberação final”.
Por essa razão, a Diretoria da Adusp solicita ao reitor que a decisão sobre a matéria no Co “seja adiada, de modo a garantir tempo hábil para a realização de debates informados e participativos em todas as unidades da USP”.
O ofício elenca uma série de dúvidas manifestadas por membros da comunidade, a saber: “1. Qual o grau de segurança jurídica das cessões previstas dos terrenos adquiridos aos entes públicos parceiros?”, “2. Haverá instrumentos formais que assegurem que os custos futuros de manutenção e operação não recairão sobre a USP?”, “3. Por que essas localidades foram priorizadas neste momento, em detrimento de demandas igualmente relevantes em outras unidades, como na capital?”, “4. Há laudos técnicos que justifiquem os valores atribuídos aos terrenos a serem adquiridos? Esses laudos foram tornados públicos?”, e “5. Como será garantida a transparência e a fiscalização institucional e social ao longo do processo?”.
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