Nesta quarta-feira, 6 de novembro, a Rede Não Cala USP! de professoras e pesquisadoras contra a violência sexual e de gênero da Universidade de São Paulo emitiu nota de apoio incondicional à professora Francirosy Campos Barbosa, do Departamento de Psicologia Social da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFLCRP, ou “Filô”), que foi alvo de um novo ataque verbal de teor islamofóbico. A docente, que professa a religião muçulmana, é estudiosa das questões do Islã e autora de escritos sobre o tema.

Antropóloga, mestra e doutora em Antropologia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH-USP), Francirosy é livre docente da USP. Ativista da causa palestina nas redes sociais, a professora participa de atividades públicas que condenam o genocídio praticado por Israel na Faixa de Gaza, que já matou mais de 43 mil palestinos(as) desde o ataque realizado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, no qual morreram 1.200 israelenses.

“Em sala de aula, um docente desta universidade referiu-se à professora para estudantes presentes como ‘mulher-bomba’, destilando um preconceito inaceitável para os padrões éticos da USP”, denuncia a nota da Rede Não Cala. “A professora Francirosy, conhecida internacionalmente por seus estudos sobre o Islã e sobre islamofobia, tem sido alvo de falas e tratamentos discriminatórios que, se não devidamente coibidos institucionalmente, abrem espaço para a reiteração deste comportamento deplorável”.

Além de repudiar a fala islamofóbica contra Francirosy, a Rede Não Cala USP! exortou a universidade a “atuar com rigor” contra agressões desse tipo. “A Rede Não Cala apoia incondicionalmente a professora Francirosy e exige apuração rigorosa da denúncia!”, conclui a nota.

EXPRESSO ADUSP


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