Universidade
Setorial decide paralisação docente na FFLCH; Assembleia Geral da Adusp de 13/9 aprovou adesão às mobilizações do DCE e Sintusp
A Assembleia Setorial de Docentes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), reunida nesta quarta-feira (20/9) no Anfiteatro de História, aprovou as seguintes medidas:
1. Apoio às reivindicações estudantis atuais, especialmente as de contratação docente e permanência.
2. Paralisação das aulas de graduação a partir do dia 21/9 até o dia 26/9.
3. Nova assembleia setorial no dia 26/9.
4. Manifestar rejeição em relação a duas medidas recentes da Direção da faculdade: o vídeo sobre reposição docente divulgado no domingo 17/9, e a decisão de fechar os prédios e suspender as aulas do período noturno no dia 18/9.
I) No caso do vídeo, ele divulga, por um canal institucional, informação que distorce a atual realidade dos cursos. Não é apenas nas habilitações de Japonês e de Coreano que se registram problemas que inviabilizam oferecimentos necessários ou que retardam a conclusão do curso. Constantemente, em vários dos maiores cursos da faculdade, os alunos não conseguem vaga para cursar disciplinas obrigatórias por turma lotada, mesmo no semestre ideal, ou não conseguem completar seus créditos em optativas pelo mesmo motivo. Desde o ano passado houve, ainda, cancelamento de turmas em disciplinas obrigatórias em outras línguas estrangeiras, e, na faculdade é comum a reunião de turmas por falta de docentes.
II) A respeito da suspensão de aulas e fechamento dos prédios no dia 18/9, meia hora antes do começo das aulas, tratou-se de uma medida que interrompeu subitamente o funcionamento dos cursos e de outras atividades sem sequer uma consulta aos chefes de departamento ou a qualquer colegiado, e que tentou culpabilizar por antecipação o movimento dos estudantes, agravando e tensionando desnecessariamente a situação na Faculdade.
Assembleia Geral de 13/9 deliberou pela adesão às mobilizações
Além da participação das atividades de greve e mobilização convocadas pelas entidades (DCE-Livre e Sintusp), a Assembleia Geral da Adusp de 13/9 deliberou pela leitura e divulgação da seguinte “Proposta de parâmetros para distribuição de ‛claros docentes’ pela universidade e para abertura de concursos nas unidades”:
1. Disponibilizar, em caráter emergencial e de imediato, cargos de docentes efetiva(o)s (“claros docentes”) — a serem preenchidos mediante a realização de concurso público — naqueles cursos em que disciplinas não estão sendo oferecidas por insuficiência de docentes, ou estão sendo oferecidas de forma precária, com sobrecarga para a(o)s docentes.
2. Todos os departamentos ou órgãos equivalentes e respectivas áreas ou especialidades devem receber, até 2025, um número de “claros docentes”, para realização de concursos, em quantidade equivalente às vagas geradas por rescisões, exonerações, aposentadorias e falecimentos, contabilizadas desde 2014.
3. Suspender todo e qualquer processo de concessão de “claros docentes” que implique concorrência entre departamentos e unidades.
4. Deve se assegurar reserva de vagas para docentes PPIs nos concursos públicos, de forma a garantir efetivas políticas de ações afirmativas, e devem ser observadas a questão de paridade de gênero e a inclusão de pessoas trans.
Baixe aqui uma cópia da proposta em PDF.
Fortaleça o seu sindicato. Preencha uma ficha de filiação, aqui!
Mais Lidas
- Novo modelo proposto pelo MEC redireciona e elitiza a pós-graduação nacional, “formando para o mercado e não para a docência e pesquisa”, adverte GT do Andes-SN
- Sem dar detalhes, Carlotti Jr. anuncia início de estudos para nova etapa da progressão docente; na última reunião do ano, Co aprova orçamento de R$ 9,15 bilhões para 2025
- Em carta ao reitor, professor aposentado Sérgio Toledo (84 anos), da Faculdade de Medicina, pede acordo na ação referente à URV e “imediato pagamento dos valores”
- Processo disciplinar que ameaça expulsar cinco estudantes da USP terá oitivas de testemunhas de defesa e de acusação nos dias 13 e 14 de novembro
- Diretor da Faculdade de Direito afasta docente investigado por supostos abusos sexuais; jurista contesta medida