Universidade
Truculência de Carlotti Jr. frente aos marinheiros do Instituto Oceanográfico merece repúdio
Nota da Diretoria da Adusp
A Diretoria da Adusp vem a público manifestar sua indignação e repúdio à súbita decisão do reitor Carlos Gilberto Carlotti Jr. de ressuscitar um processo administrativo iniciado quatorze anos atrás (2009), e cortar da noite para o dia o vínculo trabalhista de vinte e seis marinheiros, funcionários do Instituto Oceanográfico da USP, que há décadas dedicam-se a relevantes pesquisas financiadas pela Fapesp, CNPq e outros entes públicos.
É inconcebível e inaceitável que a Reitoria se comporte com tal truculência. Além de tudo isso, certamente é ilegal e abjeto que o pagamento pela USP dos salários de abril tenha sido, num primeiro momento, suspenso como retaliação à recusa em assinar uma intimação de “início do procedimento de invalidação do seu contrato de trabalho”.
Carlotti Jr. por fim recuou e mandou pagar os salários no entardecer desta quinta-feira 4/5, coincidentemente depois que uma assembleia realizada no IO com a participação de todos os segmentos — estudantes, docentes e funcionária(o)s — decidiu paralisar a unidade, em protesto contra as medidas adotadas pela Reitoria.
Ainda que a contratação desses trabalhadores tenha sido irregular, quem os contratou foi a USP. Eles são funcionários do IO e trabalharam corretamente por décadas a fio. Merecem ser tratados com respeito e humanidade. Por essa razão, a Diretoria da Adusp apoia as manifestações que a comunidade do IO convocou para esta sexta-feira 5/5.
A Diretoria da Adusp
Fortaleça o seu sindicato. Preencha uma ficha de filiação, aqui!
Mais Lidas
- No apagar da gestão Carlotti Jr.-Nascimento Arruda, “reitoráveis” se movimentam em busca de apoios; Comissão Eleitoral está designada, mas ainda não definiu calendário
- Carlotti Jr. convoca Co extraordinário para votar em 6/8 proposta de mudança em concursos docentes; em nota, Diretoria da Adusp critica pressa e pede mais prazo para discussão do tema
- Secretário da Educação é ex-diretor e acionista de empresa que tem contratos com o Estado; em livro, Renato Feder já defendeu privatização total dos serviços públicos
- Investigação da Receita Federal conclui que a Fundação Faculdade de Medicina remunera dirigentes, e aponta fraude tributária; entidade perde condição de “filantrópica” e recorre
- Política afirmativa em vigor nos concursos da USP é “ineficaz” e precisa ser urgentemente reformulada, propõe Coletivo de Docentes Negras e Negros