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Bruna Oliveira da Silva, pós-graduanda da EACH

O Coletivo Bruna (@coletivobruna, no Instagram), formado por amigos(as) e familiares de Bruna Oliveira da Silva, pós-graduanda da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) assassinada após deixar a Estação Itaquera do Metrô na noite de 13 de abril, realizará dois atos por memória e justiça nesta quinta-feira (24 de abril). A partir das 9h, haverá confecção de cartazes e outras atividades no chamado “Queijo”, situado entre os auditórios e a biblioteca da unidade.

O primeiro ato ocorre às 12h, com a leitura de cartas já divulgadas por estudantes, pela Comissão de Inclusão e Pertencimento da EACH e pelo Programa de Pós-Graduação em Mudança Social e Participação Política (Promuspp), do qual Bruna era aluna, além de um documento com reivindicações, formulado por diversos coletivos e organizações, entre elas as entidades estudantis da USP. Após as leituras, será aberta a palavra para dez falas da comunidade.

A segunda manifestação ocorre às 18h30min na Estação Itaquera (Linha Vermelha do Metrô), na Zona Leste da capital.

Bruna Oliveira da Silva tinha 28 anos e era formada em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, onde também concluiu mestrado em História Social em 2020. A jovem tinha um filho de sete anos de idade. Sua morte violenta causou grande comoção na comunidade da EACH, que se mobilizou para localizá-la enquanto ela se encontrava desaparecida.

Na noite do domingo 13 de abril, Bruna foi atacada na saída da estação. Seu corpo foi encontrado na quinta-feira (17) num estacionamento da região.

Nesta quarta-feira (23), o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil divulgou fotos de Esteliano José Madureira, de 43 anos, identificado a partir de imagens de câmeras de segurança como o homem que atacou a estudante. A Polícia requereu a prisão temporária de Madureira, que está sendo procurado.

Em moção divulgada no dia 18, discentes, docentes e funcionários(as) do Promuspp prestam solidariedade à família e amigos(as) de Bruna e exortam a USP “a se posicionar com veemência junto ao poder público, reivindicando medidas concretas que promovam segurança no entorno da região onde ocorreu o crime”.

O texto menciona que a pesquisa que a estudante desenvolvia na EACH, “centrada no futebol de várzea como expressão de lazer nas periferias, tendo como sujeitos/objeto de investigação um time de homens em situação de rua de São Paulo, é motivo de orgulho para todas, todos e todes nós”.

“Seu legado honra os princípios e objetivos históricos da EACH de contribuir com a melhoria da qualidade de vida, especialmente na Zona Leste de São Paulo”, continua a moção. “Neste momento de profunda dor, apelamos à sensibilidade máxima da direção desta Escola e da USP, com nossas melhores esperanças de que não faltará solidariedade institucional diante da profunda tristeza da nossa comunidade.”

EXPRESSO ADUSP


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