Assembleia de funcionários(as) do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) realizada nesta quarta-feira (30 de agosto) pela manhã, no câmpus do IPT, decidiu estender o estado de greve até o dia 11 de setembro, ao invés de entrar em greve imediatamente. Caso até lá a direção do instituto ou o governo estadual não apresentem uma proposta de reajuste salarial, a categoria entrará em greve.

A deliberação da categoria acatou sugestão da desembargadora Soraya Galassi Lambert, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que, ao final de audiência de mediação entre o Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Ciência e Tecnologia (SINTPq) e a direção do IPT realizada na terça-feira à tarde, propôs a extensão do prazo concedido ao governo estadual para que apresente uma contraproposta frente à pauta de reivindicações relativa à campanha salarial 2023-24.

Historicamente ligado à USP (e especialmente à Escola Politécnica), o IPT atualmente é uma empresa pública mista, controlada pelo governo estadual. A audiência no TRT foi solicitada pelo sindicato, que buscou resolver por meio da mediação da Justiça do Trabalho o impasse provocado pelo recusa do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos)-Felício Ramuth (PSD) a abrir negociações com a categoria. No TRT, porém, as representantes da direção do IPT sustentaram que a Comissão de Política Salarial (CPS), do governo estadual, não se manifestou a respeito e, portanto, elas se abstinham de fazer qualquer proposta.

“Diante do silêncio do governo estadual, o SINTPq apresentou à desembargadora todo o histórico recente das campanhas salariais no IPT. Histórico esse marcado por propostas de 0% de reajuste, que só foram revertidas por meio da luta dos trabalhadores e trabalhadoras em greves e processos de dissídio coletivo”, explica o site do SINTPq.

“Ainda durante a audiência, o sindicato ressaltou que os diretores executivos do instituto receberam 2,98% de reajuste em 2019 e sonoros 50% em 2023, totalizando 54,47% no período. Na mesma janela de tempo, os profissionais do IPT tiveram apenas 28,41% de reajuste. Essa é mais uma situação injusta e vergonhosa imposta pelas gestões de Doria e Tarcísio”.

EXPRESSO ADUSP


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