Nesta terça-feira (29/8), o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) mediou uma reunião virtual entre, de um lado, os trabalhadores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), representados por seu sindicato, e de outro lado a direção do IPT, com a finalidade de discutir o reajuste salarial da categoria.

A reunião de mediação foi solicitada em 24/8 ao TRT pelo Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Ciência e Tecnologia (SINTPq), frente à recusa sistemática do governo e da direção do IPT de abrirem negociação salarial. Em assembleia realizada no dia 21/8, a categoria deliberou estado de greve e concedeu um prazo de dez dias úteis ao governo para que apresente uma contraproposta, o qual se encerra nesta quarta (30/8).

Porém, apesar dos esforços do TRT, a mediação não trouxe qualquer avanço. As representantes da direção do IPT afirmaram que somente a Comissão de Política Salarial (CPS), vinculada à Secretaria de Gestão e Governo Digital, é que tem poderes para negociar e definir reajustes.

O Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Ciência e Tecnologia (SINTPq) reivindica a reposição nos salários da inflação do período (1°/3/2022 a 30/5/2023), medida pelo índice IPC-Fipe, mais um aumento real de 5% a título de produtividade, assim como igual reajuste dos valores vigentes em maio de 2023 de todos os benefícios recebidos pela categoria (confira aqui a pauta completa).

“Enquanto o GESP [governo estadual] não dá retorno, temos que conviver com juros de cartão de crédito rotativo, limite de cheque especial estourado, empréstimos consignados, entre outros problemas. São prejuízos que jamais serão recuperados”, diz o site do SINTPq. “É hora de mudar essa realidade. Por isso, o SINTPq convoca as trabalhadoras e trabalhadores do IPT para a retomada da assembleia permanente! Será no dia 30/8, às 8h em primeira chamada, em frente ao prédio 8, subsede do sindicato”.

Em janeiro de 2023, lembra o sindicato, diretores e conselheiros do IPT tiveram seus vencimentos majorados em 50%. “Isso mesmo, 50%. Na ocasião, não houve demora e nem questionamentos, e o reajuste foi aplicado sem qualquer dificuldade”. A boa vontade demonstrada na remuneração dos detentores de cargos de confiança desaparece, porém, quando se trata de reajustar os vencimentos do corpo funcional regular do instituto.

“A falta de uma resposta clara e efetiva por parte do governo é um completo desrespeito não apenas com esses trabalhadores e suas famílias, mas também com a sociedade que depende dos resultados e contribuições do IPT”, diz Priscila Leal, pesquisadora do instituto e diretora do SINTPq.

EXPRESSO ADUSP


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