Serviço Público
Funcionários(as) do IPT em greve por recomposição integral da inflação

Nesta segunda-feira (11/9), uma assembleia de funcionários(as) do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) decidiu entrar em greve até que o governo estadual concorde em reajustar os salários conforme a inflação acumulada do período março de 2022-junho de 2023. O IPT é oficialmente uma empresa mista, vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, porém a política de remuneração de seu corpo funcional é ditada pela Comissão de Política Salarial (CPS), vinculada à Secretaria de Gestão e Governo Digital.
Em audiência de conciliação na Justiça do Trabalho, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos)-Felício Ramuth (PSD) propôs conceder reajuste de 6,12%, ao invés da inflação integral do período, que é de 7,79%. Além disso, ignorou a reivindicação da categoria de aumento real de 5% a título de produtividade. (Por proposta do IPT, em 2022 a data base foi alterada, razão pela qual em 2023 o período a ser corrigido pelo reajuste não é de 12 meses, mas de 15.)
“Acabamos de deliberar aqui, uma ampla maioria votou a favor da greve, contra a contraproposta da empresa, que não recompunha a inflação, está propondo 6,12%. O nosso índice, que extraordinariamente é de quinze meses, dá 7,79%. Portanto os trabalhadores recusaram a contraproposta de recomposição salarial abaixo da inflação”, declarou Priscila Leal, pesquisadora do IPT e diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Ciência e Tecnologia (SINTPq), ao Informativo Adusp Online.
Priscila aponta ainda, como causa para a greve, a insatisfação do corpo funcional do instituto frente a diversos fatores. “Sobrecarga de trabalho, falta de concursos, premiação sem critérios, remuneração da Diretoria de 50% contra nossos parcos 6,12%, falta de resposta do governo estadual, falta de valorização, enfim um acúmulo que culminou na greve de hoje”, disse, logo após a assembleia de 11/9.
A expectativa do SINTPq é que, em audiência de instrução já agendada para esta quarta-feira (13/9), às 15h, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) instaure um dissídio coletivo de greve.
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