Diretoria do Andes-SN solidariza-se com trabalhadoras(es) do Hospital Federal de Bonsucesso (RJ) e repudia privatização da saúde pública
PMs agridem servidoras Roberta Vitorino e Cristiane Gerardo (de vermelho) com spray de pimenta. Cristiane foi presa e conduzida à Superintendência da PF (foto: Mayara Alves)

Nesta quinta-feira, 24 de outubro, a Diretoria do Andes-Sindicato Nacional emitiu nota na qual manifesta total solidariedade às trabalhadoras e aos trabalhadores do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), no Rio de Janeiro (capital), que vêm enfrentando forte repressão em sua luta pela defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e contra a privatização do hospital.

Para garantir a entrega do HFB ao Grupo Empresarial Conceição (que tentou assumir o controle da unidade no dia 15, sem êxito), no dia 19 de outubro o Batalhão de Choque da Polícia Militar e a Polícia Federal chegaram ao local por volta das 6h para desocupar as salas da direção-geral, e atacaram as funcionárias e funcionários que permaneciam ali desde 2 de outubro, resistindo à privatização do HFB.

“Condenamos com veemência as ações brutais ocorridas no sábado, 19 de outubro de 2024, quando servidores foram agredidos e a dirigente Cristiane Gerardo, do Sindsprev-RJ, foi arbitrariamente detida. Os trabalhadores do HFB se mobilizaram para resistir à entrega da gestão do hospital ao Grupo Hospitalar Conceição, conforme decisão publicada no Diário Oficial da União em 15 de outubro. Esse processo nada mais é do que um passo para a privatização de um serviço público essencial, afetando diretamente a população e os servidores que dedicam suas vidas à manutenção de um sistema de saúde acessível a todas e todos”, diz a nota da diretoria do Andes-SN.

“A repressão policial, comandada pelo governo federal e pelo governo Cláudio Castro, é inaceitável. A utilização de forças policiais para reprimir trabalhadoras(es) que resistem à privatização é um ataque ao direito de manifestação e de organização dessas(es) trabalhadoras(es)”, prossegue a nota.

“A falta de transparência no processo de transferência do HFB à iniciativa privada, que coloca em risco o futuro do SUS, é um passo dado pelo Ministério da Saúde no sentido de escancarar a precarização dos serviços, com redução de postos de trabalho e a contratação de funcionários sob regime celetista, em condições mais vulneráveis”, denuncia.

“Reafirmamos nosso total repúdio à violência contra as(os) servidoras(es) e ao ataque aos direitos conquistados pela classe trabalhadora ao longo de décadas. Exigimos a suspensão imediata desse processo de privatização. Continuaremos em luta para preservar o SUS como um sistema público, universal e de qualidade, sem concessões aos interesses privados. Em defesa da saúde pública e contra a privatização do SUS! Solidariedade às trabalhadoras e aos trabalhadores do Hospital Federal de Bonsucesso!”.

EXPRESSO ADUSP


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