O ato “Em defesa da FFLCH: a universidade pública é do povo!” será realizado no dia 2 de outubro (quinta-feira), às 17h, no vão do Prédio de Geografia e História. A manifestação vai reunir a comunidade da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas e da USP para repudiar os ataques que a unidade vem sofrendo desde maio por grupos de extrema-direita que têm invadido as suas dependências para agredir docentes, estudantes e funcionários(as).

O oitavo ataque ocorreu no dia 5 de setembro, quando os agressores deram soco em um professor, machucaram estudantes e acuaram funcionários(as).

A convocação do ato foi aprovada numa grande reunião realizada no último dia 11 de setembro na FFLCH, quando centenas de pessoas que integram a faculdade e representantes de entidades se reuniram para preparar uma resposta às agressões dos grupos fascistas.

Na reunião, o presidente da Adusp, professor Márcio Moretto Ribeiro, destacou que a entidade se coloca ao lado da direção da FFLCH na cobrança de ações por parte da Reitoria e da Procuradoria-Geral da USP, como “o acompanhamento de perto das investigações em curso, a cobrança de celeridade junto às autoridades competentes, o encaminhamento correto dos processos internos, a adoção de medidas jurídicas efetivas e a garantia de proteção real à comunidade universitária”.

“Não podemos aceitar omissão institucional diante de ameaças e agressões que já colocam em risco a integridade de estudantes, docentes e funcionários. Deputados e vereadores que se valem do oportunismo para transformar a universidade em palanque precisam ser cobrados institucionalmente, pelos meios cabíveis, a prestar contas de suas ações”, disse o presidente da Adusp.

Moretto também representou o Fórum das Seis, que congrega as entidades de docentes, funcionários(as) e estudantes das três universidades estaduais paulistas e do Centro Paula Souza. O Fórum divulgou nota de repúdio aos ataques.

O ato público do próximo dia 2 contará com representação de diversos setores da sociedade. De acordo com a organização, até o momento está confirmada a participação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), da Associação Nacional de História (Anpuh), das direções do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp e da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), do Centro Acadêmico de História da Unifesp — ambas as universidades sofreram ataques semelhantes —, da Rede Não Cala e da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Parlamentares como as deputadas federais Juliana Cardoso (PT), Sâmia Bonfim (PSOL) e Luciene Cavalcante (PSOL), o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) e a vereadora Luana Alves (PSOL) também devem se manifestar, assim como os professores Paulo Sérgio Pinheiro e Vladimir Safatle, ambos da FFLCH.

A faculdade criou um formulário no qual podem ser registradas manifestações de solidariedade.

EXPRESSO ADUSP


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