Brasil
Neste sábado (23/3), movimentos sociais e entidades promovem Dia de Mobilização Nacional em defesa da democracia
As frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, centrais sindicais e movimentos sociais e populares organizam neste sábado, 23 de março, em cidades de todo o país, o Dia de Mobilização Nacional. A ideia é promover uma jornada nacional em defesa da democracia e dos valores democráticos e contra retrocessos autoritários. Em São Paulo, a manifestação ocorre em frente à Faculdade de Direito da USP, no Largo de São Francisco, a partir das 15h.
Entre os temas centrais da manifestação estarão o repúdio à Ditadura Militar (1964-1985), instaurada por um golpe que derrubou o governo de João Goulart (Jango) e que completará 60 anos nos próximos dias; a defesa de punição para os(as) golpistas do 8 de janeiro de 2023; e a luta pelo fim do genocídio em Gaza.
A Faculdade de Direito da USP já abrigou manifestações como a leitura da “Carta aos Brasileiros”, em 1977, que denunciou a ilegitimidade do governo militar então no poder, e a leitura da “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito”, em 2022, que defendia o sistema eleitoral frente aos ataques e às ameaças dos setores ligados a Jair Bolsonaro, então na Presidência da República.
Caminhada do Silêncio lembrará os 60 anos do golpe militar
No próximo dia 31 de março, data que marca o sexagésimo aniversário do golpe militar de 1964, ocorrerá em São Paulo a quarta edição da Caminhada do Silêncio pelas Vítimas de Violência do Estado, com o lema “Para que não se esqueça, para que não continue acontecendo”.
A concentração para o ato será realizada a partir das 16h em frente à sede do antigo Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) do II Exército, na Rua Tutoia, 921, Vila Mariana. O DOI-Codi do II Exército foi o principal centro de torturas da Ditadura Militar. Milhares de militantes de esquerda foram torturados ali, nos anos 1970, e pelo menos 50 foram assassinados.
A caminhada em direção ao Monumento em Homenagem aos Mortos e Desaparecidos Políticos, no Parque do Ibirapuera, tem início às 18h. A organização informa que os(as) participantes do ato poderão levar flores e velas, que serão depositadas aos pés do monumento.
A 4ª Caminhada do Silêncio é uma realização do Movimento Vozes do Silêncio, constituído pelo Instituto Vladimir Herzog, Núcleo de Preservação da Memória Política e seção São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), com apoio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo. A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Comissão Justiça e Paz de São Paulo também apoiam a manifestação.
Fortaleça o seu sindicato. Preencha uma ficha de filiação, aqui!
Mais Lidas
- Projeto que restitui contagem de tempo da pandemia para o funcionalismo entra na pauta da Câmara dos Deputados e pode ser votado na próxima semana
- “Não são as plataformas que estão a serviço das escolas; as escolas é que estão a serviço das plataformas”, conclui Nota Técnica do Gepud e da Repu sobre política adotada na rede estadual sob Feder e Tarcísio
- Departamento de Direito do Trabalho da FD reivindica elaboração de plano de ação para reduzir riscos à saúde mental de trabalhadores e trabalhadoras da USP
- Fórum das Seis protesta contra proposta de redução de vagas na Unesp de Registro
- Justiça suspende afastamento de diretores(as) de escolas determinado pelo prefeito Ricardo Nunes e proíbe que sejam obrigados(as) a participar de curso de “requalificação”