Conjuntura Política
Além de exigir “vacina, pão, saúde e educação”, Dia Nacional de Luta propôs “Fora Bolsonaro e Mourão”
24/05/2021 12h49
O Dia Nacional de Luta “A Educação Precisa Resistir” (19/5), aprovado em reunião conjunta dos Setores das Instituições Federais (IFES), Estaduais e Municipais de Ensino Superior (IEES/IMES) do Andes-Sindicato Nacional em 14/5, envolveu uma série de temas, a começar das palavras de ordem “vacina, pão, saúde e educação” e “Fora Bolsonaro e Mourão”.
Faz parte da agenda do Andes-SN, por exemplo, a luta contra o Projeto de Lei (PL) 5.595/20, que define a educação como serviço essencial, e atualmente aguarda apreciação no Senado Federal após aprovação na Câmara dos Deputados. Caso definitivamente aprovado, ele obrigará a realização de atividades presenciais mesmo em caso de calamidades, levando à reabertura de escolas, universidades, institutos e Cefets no pior momento da pandemia da Covid-19 — e impactando o direito de greve.
A agenda do Sindicato Nacional inclui ainda a luta pela recomposição dos orçamentos das instituições federais de ensino, duramente atingida pelos cortes do governo; a resistência à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, da chamada “reforma administrativa”; e também a luta pela revogação da Portaria do MEC 983/2020, que traz ataques aos professores da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.
“Nós, trabalhadoras e trabalhadores da Educação e estudantes, não vamos permitir a destruição da educação pública brasileira”, declarou Rivânia Moura, presidenta do Andes-SN, conforme noticiado pelo site do Sindicato Nacional. “A participação de cada pessoa é importante para não permitir que o Bolsonaro, o inimigo da Educação, destrua as nossas instituições públicas de ensino”.
A mobilização foi transmitida desde cedo em live organizada pelas entidades da educação: o próprio Andes-SN, Fasubra, Sinasefe, UNE, Fenet, com a presença ainda de representantes de entidades da educação básica, do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e de parlamentares. No Twitter foi levantada a palavra-chave #aeducaçãoprecisaresistir, “com informações acerca dos ataques à educação pública brasileira”.
À noite, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foram realizadas projeções de frases como “Serviço Público para a Sociedade. Não à PEC 32”, “Em defesa da vida, contra o PL 5.595” ou “Defenda o que é nosso! Defenda a Universidade Pública!” (confira no álbum de fotografias).
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