“Resistir é Preciso” lotou teatro histórico da PUC em defesa da vida, do meio ambiente e da democracia
Fotos: Daniel Garcia
Vibração de quem estava no palco contagiou a plateia
Diferentes movimentos sociais participaram do ato de 11/9
Manifestação do padre Júlio Lancelotti
Manifestação do pastor evangélico Ariovaldo Ramos
Músicos e outros artistas deram grande apoio ao ato
Impressionante performance da artista Sandra Miyazawa

O simbólico espaço do TUCA, repleto de ativistas, no histórico mês de setembro, anunciou o início da Primavera. Ela será construída, como transição educadora para sociedades sustentáveis, a inúmeras e diversas mãos, corações e inteligências”, diz o professor Marcos Sorrentino, da Esalq, sobre o ato realizado em 11/9

“O Ato Público ‘Resistir é Preciso’ foi e continuará sendo um momento especial de expressão de uma ampla diversidade de segmentos da sociedade brasileira que luta por um mundo melhor, no qual diálogo, democracia e amor ao próximo não sejam palavras e comportamentos esquecidos”. O comentário é do professor Marcos Sorrentino, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), um dos organizadores do evento realizado no TUCA, histórico teatro da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), no dia 11/9.

O encontro lotou o TUCA e foi protagonizado por diversas personalidades, coletivos, organizações, ONGs e movimentos sociais, contando ainda com a participação de muitos artistas. Ao abrir os trabalhos, a reitora da PUC, Maria Amália Pie Abib Andery, destacou a importância de organizações e movimentos sociais se manifestarem em defesa da vida, do meio ambiente e do Estado de Direito. 

“Organizado de forma independente de poderes econômicos e partidários, conseguiu apenas com a dedicação generosa de pessoas e organizações realizar um encontro que aponta para a união de forças democráticas e comprometidas com uma vida digna para todos e com a defesa do meio ambiente”, disse Sorrentino. “O simbólico espaço do TUCA, repleto de ativistas, no histórico mês de setembro, anunciou o início da Primavera. Ela será construída, como transição educadora para sociedades sustentáveis, a inúmeras e diversas mãos, corações e inteligências”.

A seu ver, a manifestação, dividida em quatro momentos centrais (interreligioso, políticas inclusivas, meio ambiente, artístico-cultural), demonstrou “a necessária convergência e transversalidade de todas as lutas, ações, projetos e políticas que se multiplicam por todo país”, sinalizando a necessidade de uma nova cultura da Terra, da terra e do território, partindo do questionamento das necessidades materiais simbólicas e situações de vulnerabilidades diversas.

“O ato ‘Resistir é Preciso’ potencializa os sonhos de bem viver e de navegar para um outro mundo possível. No entanto, o grande desafio ainda é o de romper com a dispersão. A pulverização de iniciativas de resistência exige uma coordenação que promova sincronia e sinergia entre elas”, adverte o professor da Esalq. “A mobilização pelo clima, que deve ocorrer nos próximos dias 20 a 27/9 em todo o planeta, e o Fórum Socioambiental que vem sendo articulado por diversos atores sociais serão desdobramentos do Ato Público. A esperança é que com eles e com outros processos de manifestação, a resistência seja reforçada, forjando e fortalecendo novos projetos de país e de humanidade”.

EXPRESSO ADUSP


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