Campanha Salarial 2006
Reitores recusam-se a apresentar proposta salarial
![Reitores recusam-se a apresentar proposta salarial](https://adusp.org.br/wp-content/uploads/2011/04/capa.jpg)
Fórum das Seis aprova indicativo de paralisação para quarta-feira, 17/5
|
O Fórum das Seis reuniu-se em 11/5 com o Cruesp para discutir a pauta salarial de docentes e funcionários da USP, Unesp e Unicamp. Na abertura, o Fórum das Seis propôs que antes da reunião terminar fosse estabelecido um cronograma para debate do restante da pauta, bem como um espaço para esclarecimento de dúvidas acerca das providências do Cruesp em relação a questões como os Hospitais Universitários, o desconto da habitação antes do repasse para as universidades, as propostas relativas aos aposentados e o Decreto nº 48.034/03, que isenta de ICMS as compras realizadas pelo Estado, suas fundações e autarquias. O Fórum propôs passar a discutir imediatamente a proposta dos reitores para nossas reivindicações salariais.
Para surpresa do Fórum das Seis, pois nossa pauta havia sido entregue há mais de um mês, os reitores declararam não ter proposta salarial para apresentar naquele momento e que preferiam discutir a conjuntura econômica e as restrições orçamentárias sofridas pelas universidades.
Os representantes do Fórum registraram que este debate já havia sido realizado no dia anterior com as assessorias técnicas das reitorias e que era hora de discutir propostas concretas do Cruesp.
Durante algum tempo, os reitores da Unesp e da Unicamp repetiram alegações de dificuldades sofridas em 2005. Sobre este aspecto é importante registrar que as dificuldades vividas hoje por estas universidades eram completamente previsíveis e exigiam providências concretas por parte de suas administrações, reivindicando de fato um aumento efetivo do investimento nas estaduais paulistas, há anos defendido pelo Fórum das Seis. Se estas providências tivessem sido tomadas, evitar-se-ia o recurso de financiar a operação da universidade através do arrocho de salários, um método perverso de “resolver” o problema de fluxo de caixa dessas instituições.
Recesso
A presidente do Cruesp, professora Suely Vilela, propôs um recesso, para que os reitores discutissem a possível apresentação de proposta salarial, prontamente aceito pelo Fórum. Após um intervalo de cerca de 30 minutos, os reitores voltaram com a mesma posição anterior: nenhuma proposta seria apresentada naquela reunião (11/5), marcando nova reunião para quarta-feira, dia 17/5, às 15 horas na Reitoria da USP.
Nossa análise da conjuntura política e econômica indica que há espaço e condições para negociação efetiva das nossas reivindicações. Nesta hora, nossa mobilização é crucial!
Após a reunião com o Cruesp, e tendo em vista a gravidade do fato ocorrido, o Fórum das Seis decidiu apresentar às assembléias de categoria a serem realizadas entre sexta-feira, 12/5 e terça-feira,16/5, as seguintes propostas:
- Indicativo de paralisação para quarta-feira, 17/5;
- Ato conjunto na Reitoria da USP, quarta-feira, 17/5, a partir das 14 horas, para acompanhar a reunião com o Cruesp;
- Lembrar todas as entidades do Fórum sobre a importância da nossa participação nas audiências públicas sobre a LDO e a LO, em particular nas que serão realizadas na semana de 16 a 20/5. O cronograma das audiências já foi enviado a todas as entidades pela coordenação (veja site da Adusp).
Matéria publicada no Informativo nº 213
Fortaleça o seu sindicato. Preencha uma ficha de filiação, aqui!
Mais Lidas
- STF nega suspender privatização da Sabesp, e governo do Estado conclui “liquidação” da companhia
- Novo Plano Nacional rebaixa previsão de investimento público em educação e adia mais uma vez a meta de destinar 10% do PIB à área
- Justiça extingue ação contra escolas “cívico-militares” em São Paulo; unidades que quiserem aderir ao modelo devem se inscrever até o final de julho
- Escola Estadual Vladimir Herzog recua da intenção de aderir ao modelo “cívico-militar” de Tarcísio, e MP-SP pede que a Justiça declare nula a lei que criou o programa
- Privatização da Sabesp vai na contramão da experiência internacional e visa o lucro, não o serviço público, dizem pesquisadores; partidos ingressam com ADPF no Supremo