O reitor Carlos Gilberto Carlotti, presidente do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), respondeu negativamente, na última segunda-feira, 10 de junho, à solicitação do Fórum das Seis de reabertura das negociações da data-base (encaminhada no dia 31 de maio por sua coordenadora e presidenta da Adusp, professora Michele Schultz), alegando “inexistência de fato novo” que justifique a retomada de conversações entre as partes.

“O Cruesp considera que a proposta apresentada ao Fórum das Seis na mesa de negociação havida em 16/5/2024, levada aos Conselhos Universitários da USP e da Unicamp e por eles aprovada, representa uma decisão institucional baseada em informações técnicas que preserva o poder aquisitivo dos salários e, ao mesmo tempo, mantém a segurança e o respeito fiscal para a execução orçamentária das três universidades”, diz Carlotti Jr. no ofício 12/2024 do Cruesp.

“Desta forma, e considerando a inexistência de fato novo apto a ensejar a alteração da proposta apresentada ao Fórum das Seis, o Cruesp entende não haver razões para retomar o processo que levou à decisão institucional adotada”, conclui o reitor da USP e presidente do Cruesp.

O ofício encaminhado pelo Fórum propôs agendamento de reunião técnica no dia 13/6, “para discussão do cenário de arrecadação do ICMS-QPE à luz dos números de maio/2024, que devem delinear com maior clareza o comportamento dos próximos meses e a projeção de arrecadação para o corrente ano”, e reunião de negociação em 14/6, “conforme anseio expresso na totalidade das assembleias de base das categorias nas três universidades”.

No entender da coordenadora do Fórum das Seis, Carlotti Jr. “parece ignorar um fato novo importante para o processo de negociação salarial: a arrecadação do ICMS de maio”. Novamente, lembra Michele, a arrecadação superou o previsto pela Secretaria da Fazenda.

“A previsão era de R$ 12,7 bilhões, mas a arrecadação fechou 22,12% maior, em R$ 13,6 bilhões. Além do crescimento na arrecadação de maio, nos primeiros cinco meses de 2024 o crescimento foi de 14,43% em relação a maio de 2023, o que elevará ainda mais o total arrecadado em 2024”, explica.

“Ao negociar com o Fórum, o Cruesp trabalhou com arrecadação de R$ 157 bilhões. O GT Verbas indica que chegará a 160 bilhões, previsão reforçada pelos dados de maio”, declara a professora. O Fórum reúne-se novamente nesta sexta-feira, dia 14 de junho, para indicar encaminhamentos a serem apreciados em nova rodada de assembleias que ocorrerão entre 24 e 28 de junho.

EXPRESSO ADUSP


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