Defesa do Ensino Público
Apesar das agressões da PM, greve continua
Dezenas de professores da rede estadual de ensino ficaram feridos após repressão policial durante ato realizado nas imediações do Palácio dos Bandeirantes, em 26/3. Segundo as entidades representativas da categoria, compareceram ao protesto cerca de 40 mil pessoas, ou 5 mil de acordo com a Polícia Militar (PM). Uma comissão de representantes foi recebida pelos secretários adjuntos da Casa Civil e da Educação, que propuseram que a negociação seja realizada apenas com o fim da greve. Os professores decidiram manter a paralisação, cuja principal reivindicação é a reposição salarial de 34,3%.
O governo estadual tentou inviabilizar a assembléia, realizando bloqueios policiais nas rodovias Castelo Branco e Raposo Tavares e na Marginal Tietê, barrando ônibus que traziam professores do interior. Os professores dirigiam-se ao Palácio dos Bandeirantes quando foram impedidos de prosseguir por barreiras de policiais. A PM usou spray de pimenta, bombas de efeito moral, gás lacrimogênio e balas de borracha contra a categoria.
Foi relatada a presença de policiais à paisana infiltrados entre os manifestantes. Um deles teria tentado incendiar um carro para incriminar os professores, segundo relato jornalístico publicado no Portal da CUT. Outro foi fotografado ao carregar uma colega fardada ferida, imagem reproduzida em diversas mídias.
No dia 31/3, um caminhão de som que seria usado em assembléia prevista para acontecer no vão livre do Masp foi apreendido pela PM. Os professores então saíram em passeata até a Praça da República, onde novo carro de som os aguardava, possibilitando a realização da assembléia. Foi aprovada novamente a continuidade da greve.
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