Alimentação
Entidades pedem reunião urgente com a Reitoria para tratar dos problemas de alimentação na Esalq, após interdição da empresa que fornecia refeições
02/06/2022 11h43
A Adusp, o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) e as entidades reunidas no Grupo de Trabalho Rucas – que tem se ocupado dos problemas no Restaurante Universitário do Câmpus de Piracicaba – protocolaram um ofício na Reitoria da USP nesta segunda-feira (30/5) solicitando o “agendamento de reunião urgente do reitor com uma comissão de representantes de estudantes, funcionária(o)s e professora(e)s” para tratar do agravamento da situação da(o)s aluna(o)s que precisam da alimentação fornecida pela universidade.
Na última sexta-feira (27/5), a cozinha industrial da Doce Sabor – Alimentação Corporativa e Serviços, empresa terceirizada responsável pelo fornecimento das refeições na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), foi interditada pela Vigilância Sanitária de Ibiúna.
No ofício, as entidades lembram que o Rucas encontra-se fechado desde o início da pandemia da Covid-19, em março de 2020, quando a alimentação passou a ser fornecida por meio de marmitas entregues por empresas terceirizadas.
“Desde então, as e os estudantes vêm recebendo alimentação de péssima qualidade e pouca quantidade, com baixo valor nutricional. Desde o último mês de março, no início do semestre letivo e retorno das aulas presenciais, a situação se agravou: não há distribuição de marmitas em número suficiente, além da questionável qualidade sanitária dos alimentos fornecidos, que não segue parâmetros básicos de segurança dos alimentos”, aponta o documento.
As informações são repassadas frequentemente ao Serviço Social, ao Serviço de Alimentação e à Prefeitura do Câmpus, principalmente por meio do GT Rucas, diz o ofício: “Portanto, há ciência dos problemas, expressos em reuniões com a representação estudantil e contidos em relatórios de fiscalizações que resultaram em multas à atual fornecedora”.
“Acreditamos que a Reitoria não está descolada dos problemas da(o)s discentes de nosso campus e que buscará os meios necessários para solucionar esta grave situação, que afeta principalmente nossa comunidade acadêmica mais vulnerável nesses tempos de dificuldades, especialmente a(o)s estudantes das moradias estudantis”, prossegue o ofício.
O GT Rucas é formado pelo DCE Livre “Alexandre Vannucchi Leme”, centros acadêmicos “Luiz de Queiroz” (CALQ), de Gestão Ambiental (CAGeA), de Ciências Biológicas (CACB) e de Engenharia Florestal (CAEF); associações de pós-graduandos da Esalq e do CENA; Casa do Estudante Universitário; Coletivo Feminista Raiz Fulô; Núcleo de Agroecologia Nheengatu, OCA, Levante Popular da Juventude e Movimento por Universidade Popular.
Fortaleça o seu sindicato. Preencha uma ficha de filiação, aqui!
Mais Lidas
- A continuidade do desmonte do HU¹
- Justiça Federal emite mandado de prisão contra o “hacker” Azael, autor de ataques à USP em março
- Reitoria pretende reeditar Estatuto do Docente, para subordinar CERT à Comissão Permanente de Avaliação; instituir nova instância avaliatória do regime probatório, a “CoED”; e ampliar de 6 para 18 o repertório de perfis docentes
- Confira aqui a nova vitória da Adusp no TJ-SP contra a tese da Reitoria de “prescrição” da ação da URV, e outros andamentos recentes do caso
- “Fui aprovado por unanimidade, mas meu nome está sendo veiculado de forma negativa, como se eu tivesse interferido na constituição da banca”, diz prefeito do câmpus de Piracicaba, que repele acusação de favorecimento em concurso de titular