Saúde
Comissão de Meio Ambiente do campus de RP condena o cercamento do lago
A presença de carrapatos em áreas públicas de circulação de estudantes, funcionários e usuários do campus de Ribeirão Preto é motivo de atenção, em razão da possibilidade de ocorrência de febre maculosa, uma patologia com sintomatologia pouco específica. Mas isso não justifica a adoção de medidas à revelia dos órgãos competentes e sem a devida consulta à comunidade acadêmica.
A Comissão de Meio Ambiente (CMA) da instituição recentemente se pronunciou, em votação secreta, a respeito das questionáveis medidas que estão sendo tomadas no campus, objeto de notícia do Informativo Adusp 350, de 27/8. Por expressiva maioria, a CMA colocou-se contra a construção da cerca em torno do lago, seja por considerá-la ineficaz como medida para a solução do problema (10 votos a três), seja pelo impacto ambiental que produzirá (12 votos a um).
No entanto, a construção da cerca continua, assim como a aplicação de acaricida na região. Tais ações configuram-se como atos declarados de desrespeito da Prefeitura do Campus e do prefeito, Osvaldo Luiz Bezzon, à posição da CMA e à opinião de especialistas da área.
No momento em que se comemora o cinquentenário de Silent *Spring, da bióloga Rachel Carson, é irônico que dentro de uma Universidade se insista na prática de medidas que somente levarão ao agravamento futuro das condições ambientais, com repercussões sobre todos os membros da comunidade.
No final de outubro, promovida pela Superintendência de Gestão Ambiental da USP, haverá uma oficina específica para tratar do tema capivaras e carrapatos, já que este problema socioambiental é enfrentado por outros campi da nossa universidade. Um dos objetivos desse encontro será o de discutir a possibilidade de elaboração de normativas comuns. Espera-se que a administração da USP saiba diferenciar entre autoridade e autoritarismo, e venha a revisar suas atitudes, sem mais delongas.
Informativo nº 353
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