Nos últimos dias, voltaram a ocorrer sequestros-relâmpago no campus Butantã. Um deles num lugar nada ermo: saída do prédio de Letras (FFLCH). Felizmente, a integridade física das vítimas foi preservada. Depois do ocorrido, devidamente noticiado nas mídias, apareceram vigilantes e a Polícia Militar (PM) foi vista em rondas agressivas no entorno.

Vale uma reflexão. A entrada ou ampliação da presença da PM no campus supostamente prestava-se a coibir tais crimes. Contudo, não os tem prevenido. E por quê?

Em primeiro lugar, medidas elementares, mas fundamentais, recomendadas pelas entidades em 2011, não foram tomadas, a saber: 1) instalação de iluminação adequada e eficiente em todos os pontos do campus; e 2) ampliação e valorização da Guarda Universitária (incluída a contratação de mulheres), com a constituição de um efetivo que realize a segurança, devidamente for­­mado por valores humanitários e democráticos, para o convívio com a di­ver­si­da­de que caracteriza e torna singular a Universidade.

Em segundo lugar, a PM não tem adotado como pers­­pectiva de ação o patrulhamento preventivo.

Assim, a segurança do campus parece ter sido usada como pretexto para justificar a presença per­ma­nen­te da PM na Cidade Uni­ver­si­tária, cujo  objetivo prio­ri­tário seria a repressão.

Insistimos: é preciso que a Reitoria assuma a responsabilidade de formular políticas — devidamente res­pal­dadas pela comunidade — também para o encaminhamento das questões relativas à segurança, deixando de delegar à PM esse papel. Afinal, se isso não for possível nem na Universidade públi­ca, onde será?

Diretoria da Adusp

 

Informativo nº 353

EXPRESSO ADUSP


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