Defesa da Universidade
Manifestação em defesa da educação pública toma escadarias do Municipal nesta quinta (9/6)
10/06/2022 17h47
![Manifestação em defesa da educação pública toma escadarias do Municipal nesta quinta (9/6)](https://adusp.org.br/wp-content/uploads/2022/06/ato20220609a.jpg)
Fotos: Daniel Garcia
![](https://www.adusp.org.br/wp-content/uploads/2022/06/ato20220609b.jpg)
![](https://www.adusp.org.br/wp-content/uploads/2022/06/ato20220609c.jpg)
![](https://www.adusp.org.br/wp-content/uploads/2022/06/ato20220609d.jpg)
“Em defesa da educação e ciência públicas, contra os cortes orçamentários e a cobrança de mensalidades nas universidades públicas!”: estas foram as bandeiras que levaram a União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG) e o Andes-Sindicato Nacional a realizarem um grande ato público nesta quinta-feira (9/6), em São Paulo, diante do Teatro Municipal.
As hashtags #contrasoscortes, #PEC206nao e #Bolsonaronunca mais detalham um pouco mais a pauta do protesto que levou centenas de estudantes ao entorno do Municipal, no centro da cidade. Trata-se de defender o ensino público e gratuito e as universidades públicas, especialmente as federais, dos ataques do governo Bolsonaro e de seus aliados. Os cortes no Orçamento ameaçam a própria sobrevivência das universidades federais. E, caso venha a ser aprovada, a PEC 206/2019, de autoria do deputado federal General Peternelli (União Brasil), instituirá a cobrança de mensalidades nas universidades públicas.
Ao falar no ato, a professora Michele Schultz, presidenta da Adusp e diretora da Regional São Paulo do Andes-SN, destacou que tanto o governo federal como o governo estadual paulista vêm desfechando ataques sistemáticos contra o sistema de ensino público. “É um verdadeiro absurdo o que vem acontecendo, e não é à toa que eles atacam a educação pública, eles conseguem apresentar uma proposta de cobrança de mensalidades nas universidades públicas, num momento em que está se consolidando a política de cotas, em que o perfil das universidades públicas mudou radicalmente, em que temos pobres, pretos, pardos, indígenas, pessoas da comunidade LGBTQIA+”, disse.
“É esse projeto que o governo ataca, um projeto de liberdade, de diversidade. O que eles querem é um projeto de continuidade da elitização do ensino. A gente não vai permitir isso. A gente vai resistir! Na semana que vem estamos organizando um grande ato em Brasília, para derrubar definitivamente esse governo”, arrematou.
Fortaleça o seu sindicato. Preencha uma ficha de filiação, aqui!
Mais Lidas
- STF nega suspender privatização da Sabesp, e governo do Estado conclui “liquidação” da companhia
- Novo Plano Nacional rebaixa previsão de investimento público em educação e adia mais uma vez a meta de destinar 10% do PIB à área
- Justiça extingue ação contra escolas “cívico-militares” em São Paulo; unidades que quiserem aderir ao modelo devem se inscrever até o final de julho
- Escola Estadual Vladimir Herzog recua da intenção de aderir ao modelo “cívico-militar” de Tarcísio, e MP-SP pede que a Justiça declare nula a lei que criou o programa
- Privatização da Sabesp vai na contramão da experiência internacional e visa o lucro, não o serviço público, dizem pesquisadores; partidos ingressam com ADPF no Supremo