Fundações
Conselho do Ministério Público decidirá sobre representação da Adusp contra fundações “de apoio”
A Adusp encaminhou ao promotor de justiça de fundações da capital, Paulo Palma, uma representação contra o acúmulo de cargos diretivos das fundações privadas, ditas “de apoio”, e cargos de direção institucionais (chefias, diretorias etc.). O promotor Palma, embora reconhecendo que poderia haver eventuais conflitos de interesse, decidiu pelo arquivamento da representação, ao mesmo tempo em que decretou sigilo no exame da questão.
Por considerar infundada a decisão de Palma, a Adusp recorreu ao Conselho do Ministério Público Estadual. As decisões de Palma, inclusive o sigilo do processo, serão submetidas ao plenário do Conselho em sessão que poderá ocorrer ainda no mês de março.
O relator da matéria para apreciação do Conselho, promotor Marco Antônio Zanelatto, recebeu no dia 6/3 uma representação da Adusp em audiência na qual foram explicitadas as razões desse desacordo tanto com o sigilo decretado por Palma, quanto com sua decisão de arquivamento da representação.
Esperamos que o Conselho dê a esta representação o mesmo tratamento que foi dado à questão dos cursos pagos, removendo o sigilo, tornando a sessão de deliberação pública e anulando o arquivamento recomendado por Palma. Tal decisão ensejará nova ação civil pública para evitar que dirigentes de uma instituição pública, como a USP, exerçam ao mesmo tempo cargos diretivos em organizações privadas que têm transações financeiras e contratuais com esta mesma instituição pública.
Estaremos atentos ao desenrolar dos acontecimentos, intervindo em defesa do caráter público da universidade e da total transparência nas suas relações com entidades públicas ou privadas.
Matéria publicada no Informativo nº 209
Fortaleça o seu sindicato. Preencha uma ficha de filiação, aqui!
Mais Lidas
- Carlotti Jr. propõe novo degrau na carreira docente e reconhece que reservas da USP são resultado do arrocho salarial
- Carlotti Jr. pretende gastar R$ 281 milhões da USP para comprar terreno que sediará nova unidade do HC de Ribeirão Preto, que é autarquia estadual; Conselho Universitário votará na próxima terça (3/6)
- Intransigente, Cruesp se nega a discutir contraproposta apresentada pelo Fórum das Seis, mantém reajuste de 5,51% e dá por encerradas as negociações
- Protesto contra desmatamento e construção de fábricas no Instituto Butantan ganha as ruas do bairro; em entrevista à “Folha”, diretor fala de parcerias milionárias
- Adusp pede à Reitoria que adie votação no Co sobre expansão dos campi de Ribeirão Preto e São Carlos, para que a proposta “seja amplamente debatida antes da deliberação”