Democracia na USP
Lajolo é o primeiro na lista tríplice para Vice-Reitor
O professor Franco Maria Lajolo, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, encabeça a lista tríplice de candidatos à sucessão na Vice-reitoria da USP. Com 166 votos, ele entrou na lista já no primeiro de três escrutínios do restritíssimo colégio eleitoral de 300 membros, em escolha realizada na tarde de 14/3, no salão do Conselho Universitário (CO).
Completam a relação de docentes enviada ao governador Geraldo Alckmin, a quem caberá nomear o Vice-Reitor, os professores Luiz Nunes (do Instituto de Física de São Carlos e pró-reitor de Pesquisa na gestão Melfi) e Alberto Carlos Amadio (Escola de Educação Física e Esporte).
Representantes discentes de graduação e alguns de pós-graduação, além dos representantes dos funcionários, boicotaram a votação devido a seu caráter antidemocrático. Afinal, o colégio eleitoral, tal como na eleição para Reitor, restringe-se aos membros do CO e dos conselhos de Cultura e Extensão, Graduação, Pesquisa e Pós-Graduação. Cerca de 85% dos eleitores são docentes, e a ampla maioria destes é de professores titulares.
Projetos
O regimento da USP estabelece, desde 2002, que o Vice-Reitor seja o presidente da Comissão Permanente de Avaliação (CPA), responsável por avaliar os departamentos da universidade. Segundo o professor Lajolo, “a curto prazo, a Reitora quer que se dê resposta a esse processo de avaliação”, satisfazendo as necessidades identificadas.
Para ele, os cursos de graduação podem ser objeto de uma avaliação exclusiva. Além do que, opina, “a universidade deve ter sua própria avaliação, dentro de seus critérios e necessidades” e “não deve estar atrelada somente à Capes”.
Na reunião entre a diretoria da Adusp e a reitora Suely Vilela, em 17/1 passado, ela declarou que a questão das fundações “de apoio” ficaria a cargo do novo Vice-Reitor. Questionado pelo Informativo Adusp a respeito disso, o professor Lajolo respondeu que acredita que o tema foi discutido “de uma maneira um pouco emocional”, numa referência ao trabalho do GT Fundações.
“Agora temos que retomar essa discussão de forma técnica, ver o que há de bom nas fundações e manter, e eliminar o que há de ruim. Acho que elas têm que trabalhar dentro das regras da legislação estadual, dentro da ética da universidade e sempre pensando em trazer o que é privado para o público e não vice-versa”, mediando as relações externas da universidade quando necessário, salienta.
Matéria publicada no Informativo nº 209
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