Ditadura militar
Ato “Ditadura Nunca Mais” em 14/5 defende que prédio onde existiu DOI-CODI torne-se memorial
Neste 14 de maio, sábado, às 16 horas, na capital paulista, o Comitê Paulista por Memória, Verdade e Justiça (CPMVJ) e o Núcleo de Preservação da Memória Política (Núcleo Memória) realizam o 3º Ato Unificado “Ditadura Nunca Mais”, que conta com o apoio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania.
O ato público será realizado no Praça Santíssimo Sacramento, no bairro do Paraíso, bem perto do prédio situado na Rua Tutóia, número 1.000, onde a Ditadura Militar implantou e fez funcionar, ao longo da década de 1970, o centro de torturas do então II Exército (hoje Comando Militar do Leste), designado pela sigla DOI-CODI.
“Nos últimos anos temos nos reunido aqui, nas dependências do extinto DOI-CODI, lutando para que este outrora sítio de horror se transforme num sítio de memória para que estes atos não mais aconteçam e estes crimes não sejam esquecidos”, diz documento do CPMVJ que será lido no ato. No DOI-CODI do II Exército foram encarcerados e torturados milhares de opositores da Ditadura. Pelo menos 50 deles foram assassinados ali, sob custódia dos militares.
O CPMVJ, o Núcleo Memória e outros grupos de direitos humanos defendem que o prédio, onde funciona atualmente uma delegacia de polícia, torne-se um memorial (como já ocorreu com as instalações do antigo DOPS).
À diferença dos anos anteriores, o ato de 14/5 substituirá os discursos pelo canto, os “cantos da vida”, que ficarão a cargo dos corais Luther King, CantoSospeso (da Itália) e Infantil Lazi, dirigidos e regidos pelo maestro Martinho Lutero.
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