Ditadura militar
Exposição homenageia Vladimir Herzog
Nesta quarta-feira (14/8), às 20 horas, será inaugurada no espaço Itaú Cultural (Avenida Paulista, 149) a “Ocupação Vladimir Herzog”, que tem como co-curador o Instituto Vladimir Herzog (IVH). “A exposição oferece a chance de imergir no carreira do jornalista Vladimir Herzog, mas ainda mais na figura plural de um defensor da liberdade de expressão e de um amante das artes em geral, em especial do cinema e do audiovisual”, explica Rogério Sotilli, diretor-executivo do IVH.
![IVH](https://adusp.org.br/wp-content/uploads/2019/08/herzog.jpg)
Vladimir Herzog, chamado de Vlado pelos amigos, era jornalista. Exercia o cargo de diretor de jornalismo da TV Cultura de São Paulo quando começou a receber ataques na Assembleia Legislativa (Alesp), em virulentos discursos dos deputados estaduais Wadih Helu e José Maria Marin, ambos da Arena, partido que dava sustentação à Ditadura Militar.
Preso no dia 25 de outubro de 1975 por supostas ligações com o Partido Comunista Brasileiro (PCB), após ser convocado e apresentar-se para depor, Herzog foi assassinado no principal centro de torturas do regime ditatorial: o DOI-CODI do II Exército, em São Paulo. Tinha 38 anos de idade. Os militares forjaram uma cena de “suicídio” que se tornou emblemática do Terrorismo de Estado.
![IVH](https://adusp.org.br/wp-content/uploads/2019/08/herzog2.jpg)
O ato ecumênico realizado na Catedral da Sé em sua homenagem, celebrado no dia 31 de outubro pelo cardeal dom Paulo Evaristo Arns, rabino Henry Sobel e pastor James Wright, reuniu milhares de pessoas (dentro e fora da catedral) apesar da repressão e dos bloqueios policiais, tornando-se um impressionante protesto público que abalou a Ditadura Militar. Representou uma derrota política dos generais, que deu início ao processo de declínio do regime ditatorial.
Na exposição, que estará aberta à visitação até o dia 20/10, “o público é convidado a conhecer a trajetória jornalística de Vlado e suas realizações no campo do audiovisual — uma de suas atividades prediletas”. Fotografias, reportagens e depoimentos recriam a vida de Herzog, que também trabalhou como professor no curso de jornalismo da Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP). Saiba mais sobre a “Ocupação Vladimir Herzog”.
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