Os servidores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) estão em greve desde o dia 28/4. Trata-se da greve mais longa da história da categoria, superando os 91 dias de paralisação de 2004. Entre as principais reivindicações dos trabalhadores estão reposição salarial de 20,16%; melhores condições de trabalho e a revogação do desconto salarial pelos dias parados. Segundo informações da Associação dos Oficiais de Justiça do Estado de São Paulo (Aojesp), no momento a greve está mais forte no interior e na Baixada Santista mas não há nenhum avanço nas negociações.

A Aojesp informa que em 18/8 houve reunião com desembargadores do TJ, mas que nada de concreto foi apresentado por eles: “Apenas empurram a questão para o governador”, que teria dito que no momento não há verba disponível. “Quando procuramos o governador, através de seus assessores, já que ele não nos recebe, sempre ouvimos que a responsabilidade é do TJ, fica esse jogo de empurra-empurra”, afirma a assessoria de imprensa da Aojesp. Não há previsão para o fim da greve.

Os servidores das Justiças Federal, Trabalhista e Eleitoral, também realizaram greves em todo o Brasil nos meses de maio a julho, pela aprovação dos projetos de lei que revisam os planos de cargos e salários da categoria (PL 6613/2009, do Judiciário, e PL 6697/2009, do Ministério Público da União). As paralisações, no entanto, foram interrompidas devido à suspensão das atividades legislativas no mês de julho e ao esvaziamento do Poder Judiciário nesse período.

Em agosto, os sindicatos estaduais buscam retomar a mobilização. Em São Paulo, os servidores do judiciário federal, reunidos em assembleia no dia 18/8, decidiram por uma paralisação de 24 horas no dia 30/8, data que será proposta à federação da categoria, Fenajufe, como dia nacional de mobilização.

 

Informativo nº 311

EXPRESSO ADUSP


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