O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), ao lado de outras entidades sindicais e movimentos sociais, está organizando uma grande mobilização contra o desmonte da educação e dos serviços públicos que vem sendo conduzido pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos)-Felício Ramuth (PSD) — e que inclui a privatização de empresas públicas como Sabesp, Metrô, CPTM e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), além da possível extinção de outros órgãos públicos.

Um ato público unificado ocorrerá na próxima sexta-feira (21/6), às 16h, no vão do Masp, na Avenida Paulista. A Adusp e as demais entidades do Fórum das Seis aderiram ao ato e convocam docentes, funcionários(as) e estudantes a participar.

O ato público integra uma mobilização de 48 horas que a Apeoesp vai promover a partir da quinta-feira (20/6) em defesa de condições de trabalho e contra as diversas medidas que vêm sendo adotadas pelo governo estadual, entre as quais o programa que institui a militarização das redes públicas de ensino, por meio da criação de “escolas cívico-militares” (lei complementar 1.398/2024); o confisco de verbas da educação — que Tarcísio quer promover por meio da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 9/2023, que tramita na Alesp; e a privatização da gestão de 33 escolas.

A mobilização também vai protestar contra a perseguição a lideranças sindicais e contra o uso das plataformas digitais nas salas de aula, por meio de aplicativos. A chamada “plataformização digital” vem sendo imposta pelo secretário da Educação, Renato Feder, cuja carreira empresarial foi construída na Multilaser, empresa que tem vários contratos de venda de equipamentos à secretaria comandada por ele.

O governo Tarcísio-Felício fechou pelo menos três contratos com a Multilaser quando Feder já era secretário. Em agosto do ano passado, Tarcísio determinou que o governo não faça novos contratos com a empresa.

Embora alegue que a maior parte das vendas de equipamentos ocorreu antes de sua posse como secretário e que se afastou do conselho de administração da Multilaser em novembro de 2022, também antes de assumir o cargo, Feder detém 28,1% das ações da empresa por meio de uma offshore.

EXPRESSO ADUSP


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