Movimento Sindical
Conclat cria nova central sindical
Foi realizado nos dias 5 e 6/6, em Santos, o 1º Congresso da Classe Trabalhadora (Conclat), que contou com a participação de 4 mil pessoas, entre delegados e observadores. Os professores Francisco Miraglia (IME), Manoel Fernandes (FFLCH) e Rodrigo Ricupero (FFLCH) foram delegados da Adusp e do Andes-SN no evento.
Nos dias 3 e 4 foi realizado o congresso da Conlutas, no qual a entidade foi dissolvida, na perspectiva de fundação de outra central sindical. Em seguida, foi realizado o Conclat. “Dentre os temas centrais [do Congresso] estava a unificação das lutas sob uma central que fosse ao mesmo tempo sindical, popular e estudantil, em torno de um programa que propugnasse a autonomia da classe trabalhadora e sua completa independência frente a partidos, governos e Estado”, conta Fernandes.
No entanto, o encontro foi marcado pela saída de setores da Intersindical, descontentes com o resultado da votação sobre o nome da nova central. “Fiquei surpreendido com a posição dos companheiros da Intersindical de se retirar do congresso após a perda da votação do nome da central. O nome não pode ser visto apenas como uma questão de marketing. Quando a maioria dos delegados optou pela participação do movimento popular, dos estudantes, dos movimentos de mulheres e de luta contra a opressão racial, sexual etc. junto com os sindicatos na nova organização, ficou claro que o nome desta não poderia ser mais Central Classista dos Trabalhadores (Ceclat), que não expressava mais a composição votada anteriormente”, considera Ricupero.
“A central foi fundada com o nome Conlutas-Intersindical e sobrou uma tarefa política não desprezível de discutir programa de luta, organização, a questão do imposto sindical. Houve um progresso na tentativa de juntar polos combativos em uma organização de trabalhadores, mas sobrou a tarefa de conseguir essa unidade do ponto de vista organizativo, de pautas de luta. E conseguir organizar nacionalmente, numa perspectiva mais combativa, a luta dos trabalhadores”, avalia Miraglia.
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