Nota da Diretoria
Repúdio à ação covarde da Polícia Militar contra estudantes e parlamentares na Alesp e à aprovação do projeto de “escolas cívico-militares”
Nesta terça-feira, 21 de maio, enquanto protestavam nas dependências da Assembleia Legislativa (Alesp) contra o processo de votação acelerada do Projeto de Lei Complementar (PLC) 9/2024, que cria “escolas cívico-militares” nas redes públicas de ensino, estudantes foram violentamente agredidos por um pelotão de choque do Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar (BAEP).
Parlamentares oposicionistas que procuravam defender as e os estudantes também foram vítimas da truculência da PM.
Como em ocasiões anteriores, a violência policial aconteceu nos corredores e no plenário da Alesp, portanto atendendo ao comando do presidente da casa, deputado André Prado (PL), um fiel seguidor de ordens do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Autor do PLC 9/2024, que se presta à demagogia eleitoreira, Tarcísio impôs o abusivo “regime de urgência” na votação do projeto. Por essa razão mandou o pelotão de choque do BAEP espancar estudantes e agredir parlamentares que se opunham ao projeto. No final da tarde, após a agressão e a detenção de sete estudantes, a Alesp aprovou o PLC 9/2024 por 53 votos a 21.
A Diretoria da Adusp, que sempre condenou a recorrente prática de violência da Polícia Militar contra manifestantes, movimentos sociais e a população negra e pobre das periferias, repudia a covarde agressão do pelotão de choque do BAEP a estudantes desarmados e que protestavam pacificamente na Alesp, exercendo seus direitos de cidadania e de liberdade de expressão.
O incidente da Alesp reitera e escancara o viés fascista e profundamente autoritário do governo Tarcísio de Freitas-Felício Ramuth (PSD), ao mesmo tempo em que evidencia os perigos do modelo de militarização que se pretende implantar nas redes estadual e municipais de ensino. A educação pública carece de recursos adequados, e isso inclui valorização e reconhecimento do trabalho realizado por seus profissionais. Impor a presença de outra categoria, sem qualquer vínculo ou compromisso com as instituições de ensino, é uma forma de intervir nas atividades e rotinas escolares.
Não toleramos violência! Defendemos a educação pública e seus profissionais!
Diretoria da Adusp
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