Matérias do Informativo Adusp
SPPrev e os docentes aposentados
A USP distribuiu aos seus docentes aposentados, em fevereiro último, dois diferentes comprovantes de rendimentos relativos ao ano-base de 2007. Num deles, relativo ao período de janeiro a setembro, consta como fonte pagadora a própria universidade. No outro, relativo ao período de outubro a dezembro, consta como fonte pagadora a São Paulo Previdência (SPPrev). Isso causou dúvidas em alguns docentes, que solicitaram orientação à Adusp.
A Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007, criou a SPPrev com a incumbência de ser gestora única do Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos no Estado de São Paulo. O parágrafo 1º do artigo 2º da mencionada Lei prevê as disposições que se aplicam aos servidores, da Administração direta e indireta, incluindo as Universidades.
Nas atribuições do SPPrev consta administrar a concessão, o pagamento e a manutenção dos benefícios, que inclui aposentadorias e pensões. Portanto, os comprovantes futuros, relativos a 2008 e anos seguintes, terão como fonte pagadora exclusivamente a SPPrev.
Regras mantidas
O ato de concessão dos benefícios para o servidor das Universidades será assinado pelo chefe do respectivo órgão autônomo, que o remeterá à SPPrev para formalização, pagamento e manutenção. Em toda a concessão de aposentadoria, o responsável deverá indicar as regras constitucionais, permanentes ou de transição, o valor dos proventos e o regime a que ficará sujeita sua revisão ou atualização, devendo ser comunicados os direitos à integralidade e à paridade de remuneração, quando assegurados.
A emissão dos atuais comprovantes de rendimentos corresponde, assim, à aplicação da Lei Complementar nº 1.010/07. Embora eles passem a ser emitidos pela SPPrev, as regras de concessão das aposentadorias pela USP deverão ser mantidas e respeitadas, e os pagamentos continuam sendo feitos pela universidade.
Há ainda outros problemas relacionados à reforma previdenciária que afetam a universidade, a educação pública e seus trabalhadores. Alguns colegas têm tido sua renda diminuída quando a soma da aposentadoria com uma pensão ultrapassa o teto. A redação original da lei que criou a SPPrev cancelava direitos de aposentadoria de precários, o que só foi corrigido após manifestação da Apeoesp, reprimida pelo governo. Outro problema criado pelo SPPrev é permitir contabilizar gastos com pensões como se correspondessem à manutenção dos setores, como educação e saúde, dos quais a pessoa que deu origem à pensão era originária.
Matéria publicada no informativo n° 253
Fortaleça o seu sindicato. Preencha uma ficha de filiação, aqui!
Mais Lidas
- Atendimento prestado pelo HU “não tem sido mais o mesmo e, infelizmente, a população tem sentido diretamente o impacto das mudanças”, reconhece superintendente do hospital em ofício à Secretaria Estadual da Saúde
- PRIP registra boletim de ocorrência e abre apuração preliminar contra estudantes depois de novas tentativas de instalar portões no Crusp
- Frente à resistência do corpo de servidores(as) e de seu sindicato, IBGE e governo federal recuam e suspendem a criação de “fundação de apoio”
- Perda salarial de pesquisadores científicos dos institutos estaduais soma 54% desde 2013, e APqC cobra do governador reajuste “digno e imediato”
- Cresce número de mortes por dengue, mas governo estadual não toma medidas para reativar laboratórios de pesquisa da doença, denuncia APqC