Reforma Agrária
Marcha das Margaridas ocorreu em Brasília nos dias 15 e 16 de agosto e foi tema de debate na Esalq, com apoio da Adusp

A 7ª Marcha das Margaridas foi realizada em Brasília nesta terça e quarta-feira, com o tema “Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”. A Marcha reuniu cerca de 100 mil mulheres agricultoras, quilombolas, indígenas e de populações tradicionais do campo e das águas, que caminharam até o Congresso Nacional para reivindicar políticas públicas aos parlamentares e ao poder executivo.
A pauta de reivindicações da 7ª Marcha das Margaridas foi estruturada em 13 eixos, conforme informações de sua organização: Democracia participativa e soberania popular; Poder e participação política das mulheres; Vida livre de todas as formas de violência, sem racismo e sem sexismo; Autonomia e liberdade das mulheres sobre o seu corpo e a sua sexualidade; Proteção da natureza com justiça ambiental e climática; Autodeterminação dos povos, com soberania alimentar, hídrica e energética; Democratização do acesso à terra e garantia dos direitos territoriais e dos maretórios; Direito de acesso e uso da biodiversidade, defesa dos bens comuns; Vida saudável com agroecologia e segurança alimentar e nutricional; Autonomia econômica, inclusão produtiva, trabalho e renda; Saúde, Previdência e Assistência Social públicas, universais e solidárias; Educação pública não sexista e antirracista e direito à educação do e no campo; Universalização do acesso à Internet e inclusão digital.

A Marcha das Margaridas ocorre a cada quatro anos desde 2000, reunindo mulheres de todo o país e representantes de movimentos populares da América Latina. É realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) e mais 16 organizações parceiras. Sua identidade constitui uma homenagem a Margarida Maria Alves, sindicalista paraibana da cidade de Alagoa Grande, brutalmente assassinada na frente de seu filho e marido a mando de latifundiários da região, em 1983. Margarida era conhecida pela determinação e coragem para lutar pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, expressa em sua frase: “é melhor morrer na luta do que morrer de fome”.
Debate na Esalq contará com a participação de Miriam Nobre
Para apresentar a história, a organização e a importância da Marcha das Margaridas, a agrônoma Miriam Nobre, integrante da equipe técnica da SOF Sempreviva Organização Feminista, da coordenação do GT de Mulheres da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) e militante da Marcha Mundial das Mulheres, participará de evento na Esalq, tratando em particular da experiência da sétima edição desta mobilização.
Formatada como aula aberta, a atividade ocorrerá no Anfiteatro de Pavilhão de Ciências Humanas (PCH), às 14 horas desta quinta-feira, 24 de agosto. O debate é organizado pelos professores da área de ciências humanas do Departamento de Economia, Administração e Sociologia, em parceria com o GT Políticas Agrárias e Socioambientais da Adusp e com o Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ecologia Aplicada.
Fortaleça o seu sindicato. Preencha uma ficha de filiação, aqui!
Mais Lidas
- Professora da FMVZ que denunciou assédio e misoginia é suspensa por 90 dias; UOL repercute matéria do “Informativo Adusp Online” sobre o caso
- Direção da FMVZ não dá encaminhamento adequado a denúncia recebida em 2022, e professora envia dossiê à Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento
- Ampliação do HC de Ribeirão Preto antecipa campanha eleitoral de 2026; governador agradece a Carlotti Jr. e anuncia que a USP assumirá parte das despesas
- Homenagem aos quatro estudantes da Escola Politécnica assassinados pela Ditadura Militar está prevista para 28 de março
- Professora da FMVZ denuncia assédio moral e perseguição, que levaram a um PAD contra ela; para centro acadêmico da unidade, “dinâmica de poder deturpada resulta em um ambiente abusivo”