Conjuntura Política
Em Piracicaba, pós-graduando(a)s da Esalq protestam contra corte das bolsas da Capes, e Reitoria aceita conceder gratuidade temporária nos bandejões


e reajuste do valor das bolsas
Pós-graduandos e pós-graduandas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) realizaram manifestação nesta quarta-feira, 7/12, entre 11h30 e 14h, contra o calote de bolsas da Capes promovido pelo governo Bolsonaro. Os pesquisadores e pesquisadoras foram surpreendidos pela notícia de que não receberão as bolsas referentes aos meses de novembro e dezembro, período em que as pessoas habitualmente precisam de recursos para viajar aos locais de origem e rever familiares.
Na Esalq, são mais de 450 bolsistas da Capes que estão sem receber neste mês, sem condições de pagar aluguéis e as contas básicas. Em um cenário já grave para a pós-graduação, pois o último reajuste das bolsas foi realizado em abril de 2013, há quase 10 anos.
Os pós-graduandos e pós-graduandas reuniram-se em frente ao Restaurante Universitário (Rucas) e depois caminharam até a entrada principal da Esalq, onde bloquearam a entrada de carros por cerca de duas horas. Além do pagamento das bolsas, as reivindicações incluem reajuste do valor e uma tomada de posição da direção da unidade a propósito da nova crise fomentada pelo governo federal. Imediatamente, exigiam ainda que o Rucas funcionasse para a pós-graduação, com gratuidade, até que as bolsas sejam pagas, e já a partir desta sexta-feira 9/12.
Mais tarde, coincidentemente, a Pró-Reitoria de Pós-Graduação comunicou que o acesso dos bolsistas da Capes aos bandejões está liberado: “Em função do contingenciamento da verba do MEC para o pagamento de bolsistas Capes, a Reitoria informa que as(os) alunas(os) de pós-graduação, bolsistas Capes, têm direito ao café da manhã, almoço e jantar de forma gratuita, nos bandejões da USP, neste período de contingenciamento”.
Apesar da decisão da Reitoria, a situação do(a)s bolsistas da Esalq continuará complicada, porque esta quinta-feira 8/12 é feriado municipal (Nossa Senhora da Imaculada Conceição) e o Rucas não abre, permanecendo fechado também no final de semana. Alguns docentes doaram cestas básicas para que fosse organizado um “rangaço” (refeição coletiva). De qualquer modo, se as bolsas não caírem nas contas até domingo, haverá paralisação a partir de segunda-feira (13/12).
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