Universidade
A exemplo da Unicamp, Unesp também aprova moção que condena genocídio em Gaza e pede que Brasil rompa relações comerciais e militares com Israel
No último dia 28 de agosto, o Conselho Universitário da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp) aprovou moção, apresentada pelo Comitê em Defesa da Palestina da Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília (FFC), segundo a qual “o Estado de Israel tem promovido, nos últimos meses, o genocídio sistematizado da população civil palestina da Faixa de Gaza por meio de ações militares e pelo bloqueio de qualquer tipo de ajuda humanitária”. A moção pede o fim do genocídio e dirige-se ao Estado brasileiro, propondo que suspenda relações comerciais e militares com Israel.
A Unesp foi a segunda das três universidades estaduais paulistas a se pronunciar institucionalmente a respeito do genocídio cometido por Israel em Gaza. No dia 5 deste mês, a Unicamp aprovou moção semelhante. Na USP, por sua vez, se desconhece qualquer movimentação institucional em torno do assunto. A universidade tem quatro convênios com o Israel: um com o Consulado Geral em São Paulo (“Israel Corner” na Auspin), com vigência até dezembro de 2026; dois com a Universidade de Ariel, com vigência até julho de 2026; e um com a Universidade de Haifa, que vige até maio de 2026.
“Como é amplamente sabido pelo noticiário público e pela comunidade internacional, o Estado de Israel tem promovido, nos últimos meses, o genocídio sistematizado da população civil palestina da Faixa de Gaza por meio de ações militares e pelo bloqueio de qualquer tipo de ajuda humanitária, induzindo assim à fome generalizada e a inúmeras mortes por inanição, com especial impacto sobre bebês, crianças e gestantes”, diz a moção aprovada pelo Conselho Universitário da Unesp.
“Parte desse massacre em escala industrial é viabilizado por países com os quais Israel mantém relações econômicas, entre os quais se encontra o Brasil. Na mesma direção das iniciativas da Rede Universitária de Solidariedade ao Povo Palestino e inspirados no exemplo de outras instituições universitárias no Brasil e no mundo, o Comitê em Defesa da Palestina da Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília solicita a esta Congregação e ao Conselho Universitário da Unesp que se juntem a outras instituições acadêmicas e a movimentos sociais nacionais e internacionais na demanda ao Estado brasileiro da suspensão das relações comerciais e militares com Israel”, conclui a moção, “alinhando-se às decisões de organismos internacionais e de muitos outros governos nacionais que lutam todos os dias pelo fim do genocídio e pela garantia da autodeterminação do povo palestino”.
A Diretoria da Adusp emitiu nota na qual pede cessar-fogo em Gaza.
Fortaleça o seu sindicato. Preencha uma ficha de filiação, aqui!
Mais Lidas
- Centenas reuniram-se na FFLCH para organizar resposta a agressões da extrema-direita; Adusp, Sintusp e DCE comparecem e prestam solidariedade; grande ato público é convocado para 2 de outubro
- Depois de forte pressão e insistência, PG recebe Direção da FFLCH para organizar reação aos ataques da extrema-direita; reunião aberta à comunidade nesta quinta-feira (11/9) debaterá ações
- Grupo de lobby do agronegócio, “De Olho no Material Didático” tem convênio com a Esalq e apoio da Fealq, fundação privada dita “de apoio”
- CPA abre sistema para inserção do “PrADo” e dá início a mais uma temporada do “fluxo contínuo” de avaliação do corpo docente
- Projeto que restitui contagem de tempo da pandemia para o funcionalismo entra na pauta da Câmara dos Deputados e pode ser votado na próxima semana