Contratos Precários
Assembleia da Adusp de 2/12 repudia contratações precárias
A Assembleia Geral (AG) da Adusp realizada em 2/12 no Auditório da Geografia decidiu encaminhar à Reitoria e ao Conselho Universitário o manifesto “Pela valorização do RDIDP, não à contratação precária”, bem como implementar, já no início de 2016, “ações contra a não reposição permanente de docentes e técnico-administrativos e em defesa do RDIDP como regime preferencial da carreira docente”.
No manifesto, a AG expressa sua “discordância da política adotada pela Reitoria de reposição de quadros permanentes, em virtude de aposentadorias e demissões, por docentes contratados em caráter temporário”. Tal procedimento, avalia, remete a práticas de precarização do trabalho docente que se julgava estarem superadas na USP. “O relato de vários departamentos sobre a contratação sistemática de docentes temporários, em jornada de 12 horas, com salários de R$ 1.245,44 (mestre) e de R$ 1.741,99 (doutor), para atender necessidades permanentes, evidenciam a realidade desta ‘nova’ forma de reposição de quadros docentes”.
O documento lembra que, fruto de vários anos de mobilização de docentes, funcionários técnico-administrativos e estudantes, em 2005, durante a gestão do reitor Adolpho Melfi, a USP decidiu que o ingresso na instituição ocorreria exclusivamente por concursos públicos, encerrando a política de contratos precários. “A Reitoria parece apostar no retorno à contratação de docentes apenas por meio de processos seletivos, em uma condição de maior precariedade e controle por parte da Administração Central”.
“Essa postura revela uma ação mais abrangente de desvalorização e precarização do trabalho docente, visando a impor um modelo de atuação centrado na execução de tarefas, que resulta no descompromisso com a análise crítica da Universidade e na ausência de um debate efetivo sobre suas missões e objetivos”. A íntegra do manifesto está disponível em http://goo.gl/TbME8k.
Ocupações
A AG também aprovou uma moção de apoio às ocupações das escolas públicas estaduais pelos estudantes em luta contra a “reorganização” da rede estadual de ensino imposta pelo governo Alckmin, uma reestruturação que se limita “a uma separação compulsória de gerações, com vistas apenas a economizar recursos, ignorando a precariedade das condições de salário e trabalho a que docentes e funcionários estão submetidos e a total falta de infraestrutura das escolas da rede pública estadual”.
HU
Uma moção de repúdio a “qualquer nova tentativa da Reitoria de desvincular o HU da USP” e de “apoio a todos que se empenham na defesa desse hospital e na manutenção de seu vínculo como órgão complementar da USP, face à relevância das atividades de ensino, pesquisa e extensão e do atendimento de saúde ali promovidos”, foi também aprovada pela AG.
Andes-SN
Foi eleita na AG a delegação da Adusp ao 35º Congresso do Andes-SN, a realizar-se de 25 a 30/1/16, em Curitiba (PR). Ela é constituída por Adrián Fanjul (FFLCH), Annie Hsiou (FFCLRP), Arsenio Peres (FOB), César de Freitas (FOB), Everaldo Andrade (FFLCH), Lighia Horodynski-Matsushigue (IF), Lilian Gregory (FMVZ), Manoel Fernandes (FFLCH), Maria de Fátima Simões (FE), Sean Purdy (FFLCH), Sérgio Souto (FZEA) e Adriana Tufaile (EACH, delegada da diretoria).
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