Caso Gabriel
Gabriel Scarcelli comparece, em liberdade, a audiência de julgamento na 16a Vara Criminal
Ocorreu em 18/1/16, na 16ª Vara Criminal do Fórum da Barra Funda, audiência de julgamento de um dos três processos aos quais responde Gabriel Barbosa Scarcelli. A juíza Ana Lúcia Fernandes Queiroga, que concedeu, em junho de 2015, a prisão preventiva de Gabriel (revogada pelo Supremo Tribunal Federal em 13/1/16), ouviu os depoimentos de duas testemunhas, que o inocentaram, e de uma das vítimas de um roubo de carros de que é acusado, que declarou tê-lo reconhecido.
O caso corre em segredo de justiça e parentes e jornalistas não puderam assistir à audiência. Após o julgamento, o advogado de defesa de Gabriel, Luiz Eduardo Greenhalgh, considerou a audiência “razoável”, já que as duas testemunhas inocentaram o jovem, ao passo que a vítima do roubo afirma que o reconheceu, ainda que o reconhecimento pessoal tenha ocorrido “após dois anos do fato e o [reconhecimento] fotográfico após sete meses”.
Greenhalgh informou que a juíza não pronunciou o veredito, mas marcou uma nova audiência para 24/3, às 14 horas, quando ouvirá depoimentos de outras testemunhas, além de colher depoimento de Gabriel.
Acusado de participar de uma quadrilha de roubo de carros que atuava na Vila Mariana (São Paulo), em inquérito presidido ilegalmente pelo delegado Kleber Massayoshi Isshiki, da Polícia Federal (PF), Gabriel teve sua prisão preventiva revogada pelo presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski.
A decisão de Lewandowski, expedida na forma de uma “ordem de ofício” em razão da “flagrante ilegalidade” da prisão preventiva, atendeu a um pedido de habeas corpus regidido à mão pelo próprio réu.
“Com certeza foi muito importante escrever aquela carta, até por que, se ele não tivesse concedido a liberdade, eu ia ter de continuar respondendo preso e só de estar respondendo em liberdade já é um grande alívio. Pode durar mais uns meses: eu sei que até lá eu vou provar que sou inocente”, declarou ao Informativo Adusp Gabriel, que é filho de Ianni Scarcelli, docente do Instituto de Psicologia da USP. Ele também declarou que apesar de a audiência de 18/1 não lhe ter sido inteiramente favorável, ainda mantém esperanças de que até março “consiga provar minha inocência”.
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