Defesa do Ensino Público
Capes corta 329 bolsas da USP
Programas com conceitos 3, 4 e 5 que aguardavam indicação de bolsistas para o mês de maio perderam 146 benefícios para mestrado e 183 para doutorado. Em circular divulgada no dia 15/5, o pró-reitor de Pós-Graduação, Carlos Gilberto Carlotti Junior, reitera que não haverá suspensão de pagamento para os atuais bolsistas e informa que ainda poderão ocorrer novas restrições por parte da agência do MEC
A USP perdeu 329 bolsas de pós-graduação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), como resultado do corte de verbas anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) no último dia 8/5. Foram 146 bolsas de mestrado e 183 de doutorado para os programas com conceitos 3, 4 e 5 que aguardavam indicação de bolsistas no mês de maio. Esses benefícios não constam mais no sistema, informou o pró-reitor de Pós-Graduação da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, em circular enviada “à comunidade de pós-graduação da USP” nesta quarta-feira (15/5).
Na circular, Carlotti diz que “não haverá redução de bolsas em programas com conceitos 6 e 7” e que, de acordo com documento do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Foprop), divulgado após reunião de representantes da entidade com diretores da Capes em 9/5, “os programas com conceitos 3 e 4 poderão ter novos cortes, mas estamos aguardando confirmação”.
De acordo com o pró-reitor, “os alunos que estão recebendo bolsas não soferão nenhuma suspensão de pagamento”. A circular informa que a USP recebe 7.768 bolsas da Capes, 2.646 da Fapesp e 2.584 do CNPq, totalizando 12.998.
Carlotti diz ainda que não haverá redução dos programas de Apoio à Pós-Graduação (Proap) e de Excelência Acadêmica (Proex). No caso do convênio da USP com o Programa Institucional de Internacionalização (Print), o documento do Foprop ventila a possibilidade de diminuição do valor, “mas a informação é preliminar e aguardamos a confirmação da Capes provavelmente até o final desta semana”.
O pró-reitor finaliza o comunicado afirmando que “a PRPG reconhece a tradicional posição da Capes no financiamento e avaliação da pós-graduação no Brasil” e que “a manutenção do fomento para a pós-graduação é o objetivo de todos nós”.
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