Nesta segunda-feira (15/3), o presidente da Adusp, professor Rodrigo Ricupero, encaminhou ofício ao reitor Vahan Agopyan, solicitando — com fundamento na lei 12.527/11 (“Lei de Acesso à Informação)”, artigo 6 e seguintes — algumas informações sobre “a decisão de construção do novo posto fixo da Polícia Militar (PM) no câmpus Butantã e no câmpus de Ribeirão Preto” da Universidade de São Paulo.

O ofício da Adusp solicita ao reitor “cópia do convênio firmado com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo cujo objeto defina a fixação de postos fixos da PM nos campi da Universidade de São Paulo”, bem como “pareceres jurídicos da USP e eventuais decisões da CLR [Comissão de Legislação e Recursos], COP [Comissão de Orçamento e Patrimônio] e Conselho Universitário que envolvam a matéria”.

Pede, finalmente, “cópia do projeto e autorizações das instalações e execução da obra nos campi junto às respectivas Prefeituras e Superintendência do Espaço Físico”.

A construção de bases fixas da PM parece indicar uma nova escalada do processo de militarização da repressão policial no interior da USP, iniciado na gestão do reitor J.G. Rodas (2010-2013), e é objeto de preocupação na comunidade universitária. Na reunião de 9/3 do Conselho Universitário, a diretora do Instituto Oceanográfico (IO), professora Elisabete de Santis Braga, relatou incidente ocorrido durante debate virtual promovido em 2/3 por centros acadêmicos sobre o modelo de policiamento adotado pela USP. A sala digital onde transcorria o evento foi atacada por hackers bolsonaristas.

O debate, do qual participavam a professora Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer, do Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e o tenente-coronel reformado da PM Adilson Paes de Souza (doutor pelo Instituto de Psicologia), teve como motivação imediata a construção da base da PM em frente à Praça do Relógio.

EXPRESSO ADUSP


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