A divulgação do relatório final do “Grupo de Trabalho para Estudo das Potencialidades, Revisão e Remanejamento de Vagas nos Cursos de Graduação da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP”, criado pelo diretor Jorge Boueri em 17/6/2010 (Portaria EACH 26/10), provocou uma rebelião dos estudantes da unidade. Desde então, ocorreu uma paralisação no campus leste; um protesto das alunas de Obstetrícia diante da Reitoria; e o forte comparecimento discente da EACH na audiência pública realizada em 24/3 na Assembléia Legislativa.

O principal motivo da mobilização é bastante claro: o relatório do “GT Melfi”, assim chamado porque o ex-reitor Adolpho Melfi lidera o grupo, propõe a extinção do curso de Obstetrícia, diante das dificuldades enfrentadas por ele (em especial a oposição do Conselho Federal de Enfermagem): “O GT considera que a melhor solução, tanto para a EACH, como para preservar os interesses dos alunos, seria a transferência do curso (vagas) para a Escola de Enfermagem, permanecendo na EACH o ensino da enfermagem obstétrica, que seria ministrado pelos docentes da EACH e oferecido, igualmente, a todos os alunos da enfermagem”.

Além disso, o relatório defende um corte generalizado nas vagas hoje oferecidas pelos dez cursos da unidade: “o GT sugere uma redução geral de 10 vagas para todos os cursos, que passariam a funcionar com 50 vagas”, o que “teria um efeito imediato no aumento da relação candidato-vaga, já que a procura por alguns dos cursos da EACH é bastante reduzida (…) de modo geral, teríamos um aumento na nota de corte e, certamente, uma elevação na qualidade dos alunos ingressantes, algo desejado por toda a Universidade”.

 

Informativo n° 322

EXPRESSO ADUSP


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