Defesa da Universidade
Adusp requer providências imediatas da Reitoria quanto a descontos indevidos em salários de docentes, por supostos empréstimos consignados
A Adusp encaminhou nesta sexta-feira (13/5) à Reitoria da USP e ao professor Wilson Aparecido Costa de Amorim, diretor do Departamento de Recursos Humanos (DRH), um ofício no qual requer providências quanto à ocorrência de fraudes que envolvem descontos indevidos nos vencimentos de docentes, a título de empréstimos consignados jamais pedidos ou autorizados.
Dois dos casos relatados à entidade têm como vítimas docentes da Faculdade de Educação (FE), cujos holerites referentes ao mês de abril apresentam descontos de R$ 2.351,43 e de R$ 2.809,00.
“A despeito da providência já realizada da lavratura de boletim de ocorrência para cada caso, é mister que a Universidade informe e realize diligências imediatas”, diz o ofício da Adusp.
Invocando os artigos 17 e seguintes da Lei 13.709/2018, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a entidade requer a apuração sobre o vazamento de dados pessoais, que redundou em fraude e que expõe a(o)s docentes representada(o)s pelo sindicato a este e outros riscos; orientações sobre como será realizado o ressarcimento de valores subtraídos; e esclarecimentos sobre a atuação da empresa Zetrasoft, gestora da plataforma eConsig no Sistema MarteWeb.
A Adusp também questiona a universidade sobre que medidas estão sendo adotadas para evitar o vazamento de dados pessoais e as medidas específicas, procedimentos e garantias de segurança para checagem por parte da(o)s docentes de pedidos de empréstimo consignado.
A entidade recomenda atenção da(o)s docentes aos seus registros e solicita a comunicação de denúncias de casos do gênero.
Na próxima semana, o Informativo Adusp publicará reportagem detalhada sobre o assunto.
Fortaleça o seu sindicato. Preencha uma ficha de filiação, aqui!
Mais Lidas
- Na ação coletiva sobre a URV, Adusp vence em recurso no Tribunal de Justiça; agora, execução da sentença será retomada
- Assembleia Geral da Adusp aprova paralisação da categoria até 2/10, e participação em ato na Reitoria nesta quinta (28/9)
- Paralisação de estudantes por contratação de docentes e permanência cresce em toda a USP, e obriga Reitoria a abrir mesa de negociação
- Estudantes da USP aprovam greve geral por contratação de docentes e políticas de permanência; na FFLCH, diretor fecha prédios e tem que recuar por conta da mobilização discente
- Corpo docente da USP encolheu 17,5% desde 2014, mas em algumas unidades perda é de 30% ou mais