Democracia na USP
Construir a unidade de ação
A reunião do Conselho Universitário (Co) de 25/3 aprovou um conjunto de propostas que pauta, para docentes, estudantes e funcionários técnico-administrativos, o debate sobre a estrutura de poder e a concepção das atividades-fim da USP (vide quadro abaixo). Fruto de anos de luta e pressão política do corpo da universidade contra o autoritarismo, a centralização das decisões, a falta de transparência nas contas e deliberações e o culto ao segredo que tem balizado as atitudes das administrações universitárias, temos hoje uma janela de oportunidade para promover avanços significativos no que se refere à democratização no exercício de poder, no acesso e na humanização das relações sociais na USP.
Para que esta possibilidade torne-se concreta e efetiva é central que as entidades representativas das três categorias universitárias construam ações políticas conjuntas e unitárias. Esta construção exigirá, evidentemente, a capacidade de estabelecer unidade considerando a natural diversidade de perspectivas, as quais — ainda bem!— estão presentes na universidade.
E que ninguém se engane: se deixarmos este processo na mão do Co da USP, um colegiado ilegítimo, subserviente ao poder central da universidade e controlado por interesses privatistas (fundações “de apoio”, entre outros), um futuro Estatuto pode acabar sendo pior do que o atual, imposto durante a Ditadura Militar.
Não nos faltam ideias e propostas, fruto de décadas de debate e luta; não nos faltam a criatividade e a inventividade, características fundamentais do trabalho acadêmico de qualidade. O que precisamos é massificar o debate sobre a necessidade urgente de democratização da USP, envolver o corpo da instituição neste debate, promovendo-o à centralidade que merece na construção de uma universidade pública na lógica de seu funcionamento e na destinação da sua produção.
Só a ação unitária de professores, funcionários técnico-administrativos e estudantes pode enfrentar — política e organizadamente — o enorme desafio que é transformar a estrutura autoritária vigente na USP, construindo a perspectiva de instalação de uma Estatuinte Democrática, Soberana e Exclusiva. Continuaremos comprometidos com a consecução desses objetivos, por meio do debate crítico de ideias, de propostas e de condutas políticas.
I. Temário básico e inicial
II – Ampliação da discussão
III – Organização do processo a) Constituição e eleição dos membros de Comissão Assessora Especial do Co [CAECO]com representação dos três segmentos da comunidade universitária encarregada de coordenar o processo de discussão com as unidades, órgãos, museus, Institutos especializados, bem como com as entidades representativas e pelo encaminhamento das deliberações.
b) A CAECO poderá induzir a criação de Sub-Comissões nas Unidades e/ou nos Campi, por temas, etc. Aprovada a seguinte composição: Docentes – Área de Exatas: José Roberto Piqueira (EP); Adalberto Fazzio (IF) e Tito Bonagamba(IFSC) suplente. Área de Saúde: Carlos Carlotti Jr (FMRP); Diná Monteiro da Cruz (EE) e Marcos Folegatti(ESALQ) suplente. Área de Humanas: Carlos Ferreira Martins (IAU); Sergio Adorno (FFLCH) e Ana Duarte Lanna (FAU) suplente. Servidores – Neli Wada; Dulce Brito e Alexandre Pariol (suplente) Alunos de Graduação – Camilo Fernandes Martin (FFLCH) e Carlos Eduardo Alves (FFLCH) suplente. Alunos de Pós-Graduação – Tomás Azevedo Marques (PROLAM) e Mariana Moura Souza (IEE) suplente.
IV – Calendário das reuniões especiais do Conselho Universitário 4.1. Reuniões de discussão 3 de junho. Discussão dos temas 1) Missão e princípios da Universidade, 2) Gestão, transparência e responsabilidade fiscal e 3) Ensino, Pesquisa e Extensão. 2 de setembro. Discussão dos temas 4) Eleição de Dirigentes, 5) Ética na Universidade e 6) Natureza, atribuições e composição das colegiados. 30 de setembro. Discussão dos temas 7) Carreiras e Regimes de Trabalho, 8) Autonomia e organização das unidades ou órgãos e 9) Formas de deliberação das alterações estatutárias. 4.2. Reuniões de deliberação 11 de novembro. Definição das formas e calendário das deliberações de alterações estatutárias. |
Informativo nº 378
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