Movimento Estudantil
“Ato arrastão” organizado pelo DCE-Livre denuncia falta de docentes, exige mudanças no PAPFE e amplia mobilização para greve estudantil a partir de 21/9

Em mobilização organizada pelo DCE-Livre “Alexandre Vannucchi Leme”, estudantes da USP realizaram um “ato arrastão” pela Cidade Universitária do Butantã no final da tarde desta quarta-feira (13/9).
A contratação de docentes para sanar o déficit histórico de mais de mil professores e professoras na USP e a realização de mudanças no Programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil (PAPFE), com a concessão de bolsas a todo(a)s o(a)s aluno(a)s que a solicitarem, além do aumento no valor do benefício, são as principais bandeiras da mobilização.
Grupos formados por aluno(a)s de diferentes unidades partiram de três pontos de encontro no câmpus e se concentraram em frente ao prédio principal da Escola de Comunicações e Artes (ECA).
A unidade sedia um dos cursos em situação mais crítica devido à falta de docentes: o curso de Artes Visuais cancelou 11 disciplinas às vésperas do início deste semestre e deve ter outras 11 canceladas no primeiro semestre do ano que vem, prejudicando e atrasando a formação do(a)s estudantes.
Na sequência, o(a)s aluno(a)s se dirigiram à Reitoria, onde o ato foi encerrado com palavras de ordem como: “Alô, reitor/ pode esperar/ dia 21/ a USP/ vai parar”.
Na próxima terça-feira (19/9), o DCE-Livre realiza uma assembleia geral para debater a continuidade da mobilização e o indicativo de greve estudantil a partir de 21/9.
“Não podemos parar a nossa luta enquanto houver um aluno sem aula porque não tem professor, ou ainda um aluno que não tem bolsa de verdade. A gente não vai parar enquanto houver um estudante que não vai conseguir se formar por incompetência da nossa Reitoria”, disse no ato a aluna Rosa Baptista Miranda, aluna da ECA e representante discente no Conselho Universitário (Co) da USP.
“É tarefa de cada um de nós chamar cada colega e cada estudante para a mobilização, para as assembleias que estão sendo construídas em cada instituto e para a assembleia geral do dia 19 para construirmos uma greve muito grande”, conclamou Rosa.
Na quinta-feira (14/9), as e os estudantes do curso de Letras da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) realizaram assembleia massiva, que reuniu centenas de participantes. Por duas vezes neste ano, o Centro Acadêmico de Estudos Linguísticos e Literários Oswald de Andrade (CAELL) liderou paralisações das atividades do curso, em protesto contra a falta de docentes, que chegou a uma situação absolutamente insustentável em diversas habilitações.
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