Os professores da rede estadual estão em greve desde 5/3 por reajuste salarial de 34,3%. A Secretaria Estadual da Educação (SEE-SP) divulgou nota em 12/3, definindo o movimento como “esvaziado, político e inimigo da educação de São Paulo” e informando que os professores em greve terão as faltas referentes ao período descontadas de seus salários. O secretário Paulo Renato declarou que não irá negociar com a categoria.

Segundo a Apeoesp, em 18/3 o percentual de professores paralisados era de 48% na capital, 60% na Grande São Paulo e 78% no interior. Após a primeira semana de greve, a SEE afirmou que a paralisação afetava apenas 1% dos docentes. Mas os professores realizaram, em 12/3, assembléia que decidiu pela continuidade da greve e contou com a presença de 12 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, ou 40 mil, segundo as entidades representativas. A categoria fez nova assembléia e manifestação em 19/3, reunindo, novamente, milhares de pessoas. Mais uma vez, os professores deliberaram pela manutenção da greve.

Descontentamento

Para a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, a tentativa de desqualificar o movimento por parte do governo não vai parar a mobilização. “Ele [governador Serra] quer desviar o assunto do reajuste sala-rial”, acredita ela. “Quando começou a campanha salarial, tentaram colocar a proposta de gratificação dividida em três anos, achando que nós lutaríamos para receber de uma vez. Mas a nossa luta é por 34,3%, como forma de repor a depreciação salarial acumulada desde 1998. Gostaríamos de ter a reivindicação atendida, mas se não atenderem o descontentamento deve continuar”.

 

Informativo nº 302

EXPRESSO ADUSP


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