Nota da Diretoria
Repúdio à nomeação de Zago na Fapesp
Merece repúdio a nomeação do ex-reitor Marco Antonio Zago como presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Quando à frente da Reitoria da USP, Zago cortou verbas destinadas à pesquisa; desestruturou importantes laboratórios ao impor, sem qualquer estudo de impacto, o Programa de Incentivo à Demissão Voluntária (PIDV), que levou a universidade a perder pessoal qualificado; atacou o Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa (RDIDP) e a indissociabilidade de ensino, pesquisa e extensão, colocando em risco as bases que tornaram as universidades públicas estaduais uma referência para as universidades públicas brasileiras. Sucateou o Hospital Universitário (HU) e a Creche Oeste, destacadas unidades de pesquisa e extensão.
Além disso, Zago contratou clandestinamente a consultoria McKinsey&Company, com vistas a um processo de privatização, e ampliou a interferência de grupos privados na USP, entre eles o Grupo Cosan, beneficiário de importantes financiamentos da Fapesp, a título de incentivo à “inovação”.
A nomeação de Zago como presidente da Fapesp é, portanto, um desserviço à pesquisa paulista e brasileira, tendo como agravante o fato de acumular a pasta estadual da Saúde Pública.
São Paulo, 18/10/2018
A Diretoria da Adusp
Fortaleça o seu sindicato. Preencha uma ficha de filiação, aqui!
Mais Lidas
- Projeto que restitui contagem de tempo da pandemia para o funcionalismo entra na pauta da Câmara dos Deputados e pode ser votado na próxima semana
- “Não são as plataformas que estão a serviço das escolas; as escolas é que estão a serviço das plataformas”, conclui Nota Técnica do Gepud e da Repu sobre política adotada na rede estadual sob Feder e Tarcísio
- Departamento de Direito do Trabalho da FD reivindica elaboração de plano de ação para reduzir riscos à saúde mental de trabalhadores e trabalhadoras da USP
- Fórum das Seis protesta contra proposta de redução de vagas na Unesp de Registro
- Justiça suspende afastamento de diretores(as) de escolas determinado pelo prefeito Ricardo Nunes e proíbe que sejam obrigados(as) a participar de curso de “requalificação”