Representação sindical
Condições de trabalho, perdas salariais e reservas financeiras acumuladas pela USP estão entre os temas discutidos nas reuniões da campanha de filiação “A Adusp nos representa!”

Como parte da recém-lançada campanha “A Adusp nos representa!”, destinada a incentivar a filiação de docentes à entidade, a Diretoria da Adusp tem promovido visitas e reuniões nas unidades da capital e do interior. Já foram realizadas reuniões na Faculdade de Educação (11 de março), Escola de Artes, Ciências e Humanidades (19 de março) e nos campi de São Carlos e Pirassununga (20 de março).
Nos encontros, os(as) docentes têm levantado uma série de questões sobre a carreira e o trabalho na universidade. Entre os temas abordados com frequência estão os diferentes regimes de aposentadoria vigentes na categoria e a precarização das condições de trabalho, traduzida em itens como falta de estrutura para pesquisa, obras atrasadas, salas de aula sem climatização, efeitos do produtivismo nas relações com colegas e direções e até problemas com alimentação.
Em relação às questões salariais e de financiamento das universidades estaduais paulistas, a Diretoria da Adusp tem apresentado os números referentes à arrecadação do ICMS, de onde saem os recursos destinados à USP, à Unesp e à Unicamp, ao acumulado de perdas salariais das categorias de docentes e servidores(as) técnico-administrativos(as) e ao percentual de comprometimento com a folha de pagamento.
A Diretoria tem se manifestado também sobre a reativação do GT Previdência entre o Fórum das Seis e o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) e a construção da Pauta Unificada para a data-base deste ano – o reajuste anual ocorre em maio.
De acordo com a presidenta da Adusp, professora Michele Schultz, tem causado grande indignação na categoria o volume de recursos mantidos como reserva pela USP (no final de 2023, a universidade tinha quase R$ 7 bilhões em caixa), enquanto os salários acumulam perdas e as condições de trabalho pioram. “Surgiram questionamentos sobre o que a universidade faz com essa reserva e qual é a intenção de mantê-la”, destaca Michele Schultz.
Outros temas também têm sido abordados, como a ação judicial da Adusp referente à correção dos valores salariais pagos a menor pela universidade quando da conversão da Unidade Real de Valor (URV) em reais, em 1994, durante o governo Itamar Franco, a eleição para a Reitoria, que ocorre no segundo semestre, e a eleição para a Diretoria da Adusp, nos dias 7 e 8 de maio.
Novas reuniões já estão agendadas para os próximos dias: em 27/3, às 11h – Câmpus de Ribeirão Preto, no Departamento de Ciências da Saúde da FMRP; às 15h – subsede da Adusp de Ribeirão Preto; 28/3, às 11h – Câmpus de Piracicaba, na subsede da Adusp; 1/4, às 13h30 – Escola Politécnica (local a definir).
Veja aqui o material da “A Adusp nos representa!” e participe das reuniões.
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