No último dia 23 de fevereiro, o diretor-executivo da Fundação de Apoio à USP (FUSP), Marcílio Alves, encaminhou resposta aos questionamentos sobre a relação entre a entidade e o Plano de Saúde Bradesco-Qualicorp que lhe foram novamente encaminhados pela presidenta da Adusp, professora Michele Schultz, em razão de inúmeras queixas de docentes segurados(as), motivadas por desligamentos unilaterais praticados pelo plano e, antes, por elevados percentuais de reajuste.

No seu ofício, após informar que “a apólice de seguro-saúde empresarial nº 8.270, da Bradesco Seguros [então contratada diretamente com a FUSP], foi encerrada em julho de 2019, atendendo decisão do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo”, Marcílio nega que a FUSP tenha mantido qualquer participação no plano: “À época, a FUSP transferiu a gestão da carteira à Qualicorp, o que originou a apólice nº 5.252, estabelecida entre as pessoas seguradas e a administradora de saúde Qualicorp. Desde então, a FUSP não exerce nenhuma atividade de gestão desta apólice”.

Antes disso, o diretor-executivo da FUSP havia ignorado sucessivos ofícios da Adusp, nos quais lhe foram solicitadas informações e, ainda, lhe foi proposto o agendamento de uma reunião entre ambas, com o objetivo de esclarecer os termos da relação entre a empresa e a fundação. Mensagens com teor semelhante foram encaminhadas à Reitoria, todavia permaneceram igualmente sem resposta, embora o reitor seja o presidente do Conselho Curador da FUSP.

No ofício que Marcílio finalmente respondeu, a professora Michele cita que em reunião promovida recentemente pela Adusp com docentes segurados(as) veio a público a informação de que a FUSP continua a receber um percentual para fazer a intermediação entre a Qualicorp e docentes segurados(as). Foi o professor Antonio Figueira, um ex-diretor-executivo da FUSP, que assim se manifestou na ocasião, dizendo acreditar que essa fundação “de apoio” ainda seja remunerada pela Qualicorp.

Note-se, a propósito, que o atual diretor-executivo evitou responder diretamente a essa indagação, limitando-se a afirmar que a FUSP “não exerce nenhuma atividade de gestão”. Obviamente, sua declaração é um tanto ambígua. O próprio Informativo Adusp Online endereçou a Marcílio por e-mail, em 2023, uma pergunta direta sobre a existência ou não desse percentual, sem que ele respondesse até esta data.

EXPRESSO ADUSP


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