Serviço Público
“Autoritária e inadmissível”, diz GT Educação da Adusp sobre conduta do prefeito Ricardo Nunes e do secretário Fernando Padula no tocante ao ensino público municipal
Nesta quinta-feira, 29 de maio, o GT Educação da Adusp pronunciou-se sobre a decisão da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME) de convocar “25 diretores de escolas atuantes em tempo integral há pelo menos quatro anos para participar, de maio e dezembro, de uma requalificação intensiva do Programa Juntos pela Aprendizagem, cujo critério de seleção foi o desempenho de ‘unidades prioritárias’ abaixo da meta no Ideb e Idep de 2023”.
A manifestação leva em conta a “pretensa justificativa de que: a referida requalificação inclui vivência em outras unidades, com o objetivo de aprimorar a gestão pedagógica para melhorar a aprendizagem de todas(os) estudantes, oportunizando que tais diretores aprimorem em tempo integral seus saberes em políticas públicas”, e que “consta que suas unidades de origem contarão com o reforço de mais um profissional na equipe gestora, assim como sua remuneração será mantida” (vide publicação da Prefeitura Municipal).
Nesse sentido, o GT Educação da Adusp endossa e reafirma a seguinte manifestação do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem): “O governo Nunes insiste em culpar [as]os profissionais pelo que caracteriza de fracasso escolar. Os resultados nas provas externas não devem ser objeto de sanções ou penalidades. A SME deve se responsabilizar por garantias de melhorias nas condições para educar e aprender. Com formação continuada, prédios bem estruturados, ampliação dos módulos profissionais e atendimento educacional especializado, as aprendizagens são garantidas”.
A tática utilizada pela Prefeitura Municipal e pela SME, diz o GT Educação, “é velha conhecida: busca responsabilizar as(os) profissionais que, junto com as(os) estudantes, protagonizam o processo educacional nas escolas pelo mau desempenho aferido por ‘avaliações’ externas, que ignoram o contexto da estrutura física disponibilizada às(aos) estudantes e das condições de trabalho às quais tais profissionais têm sido submetidos, dentre outras variáveis que interferem na educação escolar”.
Por fim, o GT Educação condena a conduta dos gestores municipais: “Assim sendo, repudiamos a forma autoritária e inadmissível como a gestão do prefeito Ricardo Nunes e do secretário de educação Fernando Padula tem tratado a Educação pública no município de São Paulo”.
Fortaleça o seu sindicato. Preencha uma ficha de filiação, aqui!
Mais Lidas
- GT da Câmara dos Deputados oficializa proposta de reforma administrativa reducionista, que institui “avaliação de desempenho” e no mínimo 20 níveis de progressão na carreira
- Bancada governista na Alesp pretende votar na próxima semana PLC 9/2025, que desfigura carreira de pesquisador científico; em audiência pública, APqC volta a defender rejeição da proposta
- Vereador propõe que reitor e autoridades do estado se comprometam a manter em atividade escolas e posto de saúde ameaçados pela expansão do Butantan; barulho dos equipamentos segue atormentando a população
- Nesta quarta, 8 de outubro, União entrega certidões de óbito retificadas às famílias de mais de 100 militantes de esquerda assassinados(as) pela Ditadura Militar, sendo que 29 eram discentes ou docentes da USP
- Privatização da Sabesp vai na contramão da experiência internacional e visa o lucro, não o serviço público, dizem pesquisadores; partidos ingressam com ADPF no Supremo