Depois de tirar do ar a página em que anunciava a venda de diversos imóveis públicos, o governo do Estado de São Paulo divulgou nota na qual alega que o portal foi publicado na Internet devido a um “erro técnico”.

“A Secretaria de Gestão e Governo Digital (SGGD) informa que o portal https://imoveis.sp.gov.br/imoveis está em construção e, por um erro técnico, levou ao ar informações descontextualizadas sobre o patrimônio imobiliário estadual. Para corrigir essa falha, o site foi tirado do ar e em breve voltará a ser disponibilizado”, diz a nota, publicada nesta sexta-feira (12/4) nas edições online de jornais como a Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. Quando concluídas as correções, acrescenta, “a página também trará as informações sobre terrenos ou prédios que eventualmente forem destinados à venda”.

O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos)-Felício Ramuth (PSD) diz também que o portal foi “criado para facilitar o acesso à informação e assegurar total transparência aos cidadãos” e que “reúne de forma organizada e centralizada os dados relativos a todos os imóveis sob a gestão do Estado de SP”.

Conforme noticiou o Informativo Adusp Online nesta quarta-feira (10/4), instituições públicas estaduais como a Pinacoteca, o Hospital das Clínicas, o Instituto Emílio Ribas, o Horto Florestal, o Jardim Botânico, o Parque do Jaraguá, o Parque da Juventude (onde antes se localizava o Presídio do Carandiru), além da Estação Ecológica da Jureia e até escolas, estavam sujeitas a terem vendidas suas sedes ou mesmo, no caso dos parques, as próprias áreas que os constituem. O prédio da administração do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), situado na Avenida Ibirapuera, na capital paulista, foi colocado à venda no site por R$ 926 milhões (veja print nesta página).

Embora garanta que as sedes de instituições conhecidas não serão colocadas à venda, o fato é que o governo vai se desfazer de outros imóveis, aprofundando a sanha privatista da gestão Tarcísio-Ramuth. Mais um exemplo foi dado no início desta semana, quando o governador anunciou que pretende entregar à iniciativa privada todas as linhas do Metrô até o final do seu mandato, em 2026, a começar pela pioneira Linha Azul (norte-sul).

“Hoje temos a privataria bolsotucana, que é muito pior que a privataria tucana anterior”, declarou o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) ao se referir ao portal da venda de imóveis. Giannazi encaminhou denúncias ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado.

EXPRESSO ADUSP


    Se preferir, receba nosso Expresso pelo canal de whatsapp clicando aqui

    Fortaleça o seu sindicato. Preencha uma ficha de filiação, aqui!