Nesta terça-feira, 27 de maio, a Congregação do Instituto de Psicologia (IP-USP) aprovou moção de repúdio à decisão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) de afastar arbitrariamente de seus cargos 25 diretores(as) de escolas municipais de ensino fundamental (EMEF) e convocá-los, por publicação no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, a participarem de um programa de “aprimoramento de saberes”.

Os critérios “que serviram como justificativa para esses afastamentos e a nomeação de interventores(as) dão relevo a um processo opressor e de assédio moral”, assinala a moção. “Profissionais da rede municipal de educação, mães, pais, estudantes, ex-alunos(as), pesquisadores(as), estagiários(as) e outras pessoas participantes do cotidiano dessas escolas têm se manifestado contra essa medida interventiva assinada pelo secretário municipal da Educação Fernando Padula”.

O texto reitera o apoio à escola pública “como direito de todos e todas, cabendo ao Estado dar condições suficientes para que as comunidades escolares possam desenvolver um trabalho educacional de qualidade”. Sendo a escola pública “fundamento do estado democrático”, acrescenta, “toda ação que vise seu aprimoramento deve ser amplamente discutida com as comunidades locais e a sociedade em geral”. O afastamento de diretores(as), conclui, foi uma medida autoritária e que merece repúdio.

A Congregação do IP é a segunda a rechaçar a decisão do prefeito Ricardo Nunes. Na véspera, a Faculdade de Educação pronunciou-se no mesmo sentido.

EXPRESSO ADUSP


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