A assembleia geral estudantil realizada em 18/10, no Biênio da Escola Politécnica, decidiu novamente, desta vez por 387 votos a 215, pela continuidade do movimento de greve iniciado em 21/9. Nova assembleia está prevista para quinta-feira (26/10).

A assembleia anterior, realizada em 11/10 no prédio da História e Geografia, avaliou como insatisfatórias as propostas apresentadas pela Reitoria na reunião de negociação ocorrida na véspera, e decidiu manter a greve.

Além de uma agenda de mobilizações, outra determinação da assembleia geral de 11/10 foi incentivar as dimensões artísticas e culturais da luta estudantil: “Sexta que vem (20/10) vai acontecer o ato-festival na USP Butantã! Dia e noite cheios de atividades culturais, dia de fazer a Reitoria tremer com a força dos estudantes em greve! Vamos trazer para a USP o que a Reitoria quer longe: participação massiva de estudantes e da população externa na greve; livre produção artística e cultural!”. Tais informações constam do perfil do Diretório Central dos Estudantes (DCE Livre) no Instagram.

“A gente aprovou a continuidade da greve, na última semana, também para que os cursos tivessem mais tempo de debater a proposta da Reitoria e avaliar a condição que teriam de continuar ou não em greve. Temos a assembleia marcada para esta quarta-feira [18/10] para debater a continuidade da greve, ver que rumos nossa mobilização vai tomar”, disse Allan Terada, integrante do DCE Livre, ao Informativo Adusp Online.

“Da nossa parte, a avaliação da proposta da Reitoria é de que ela é bastante insuficiente para resolver todos os problemas e demandas que a gente apresentou durante a greve; mas que também traz alguns avanços importantes”, explica o dirigente do DCE. Allan cita entre os avanços a possibilidade de mais contratações de docentes; a abertura do debate sobre o gatilho automático, que será submetido ao Conselho Universitário (“e a gente quer fazer uma pressão no Co para que isso seja aprovado”); questões ligadas ao Programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil (PAPFE); e a criação de comissões incumbidas de formular políticas de acesso e permanência indígena na USP.

“Algumas questões são importantes, houve avanços, ainda que insuficientes para resolver problemas estruturais da universidade. Esses avanços só foram possíveis porque a gente se mobilizou, entrou em greve”, pondera ele. “Neste momento estamos debatendo como garantir essas conquistas e também continuar o processo de mobilização para cobrar a Reitoria, para que esse compromisso que a Reitoria assinou não seja só um papel, que ela de fato cumpra aquilo. E que a gente consiga cobrar aquilo que não foi incluído nessa última proposta, e continuar a pressão”.

Nota da Redação. A versão anterior desta matéria estava intitulada “Greve de estudantes, mantida na semana passada, será reavaliada em assembleia nesta quarta (18/10)”.

EXPRESSO ADUSP


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