Defesa da Universidade
Universidade privada divulga seus cursos lato sensu destacando a “marca USP”
![Universidade privada divulga seus cursos lato sensu destacando a “marca USP”](https://adusp.org.br/wp-content/uploads/2011/04/recorte.gif)
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Ampliação de anúncio reproduzido pelo informe publicitário da Unisanta publicado no jornal A Tribuna (19/3/2006, p. A7) |
A Universidade Santa Cecília (Unisanta), instituição privada localizada em Santos, anunciou e divulgou sua pós-graduação lato sensu associando-a à “marca USP”. Ocorre que docentes da universidade, inclusive em RDIDP, poderão ser coordenadores ou palestrantes de alguns cursos oferecidos pela Unisanta e estruturados por uma entidade denominada Rede Provedora de Ações e Serviços de Excelência (Prored), fundada por professores da USP, Unesp e Unicamp.
A reportagem apurou que, de cerca de 40 cursos lato sensu divulgados pela Unisanta por meio de anúncios, releases e do sítio da universidade, oito têm o suporte da Prored, sendo cinco desses com participação de docentes da USP. São eles: Administração Turística Hoteleira Aplicada ao Mercado; Gestão da Comunicação; MBA em Jornalismo e Editoração para Pequenas e Médias Empresas; MBA em Marketing de Resultados e Propaganda Eficaz; e Perícia Forense na Área Médica, Psiquiátrica e Citogenética Molecular.
Apurou-se entrementes que os referidos cursos não serão oferecidos por não terem recebido, até o fechamento desta edição, o número mínimo de matrículas (35) para que houvesse uma turma. Procurada pelo Informativo Adusp, a Unisanta pronunciou-se através de sua assessoria de imprensa, a qual enviou, por correio eletrônico, nota conjunta da Prored e da Direção de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da universidade. Ambas negam que tenham tido a intenção de usar a “marca USP”.
No caso da USP, ao autorizar a flexibilização do RDIDP, regime de trabalho da maioria dos docentes envolvidos no caso, a CERT contribui para a ocorrência de eventuais iniciativas que ferem claramente os interesses da sociedade e induzem, por exemplo, práticas que se constituem em conflito de interesses públicos e privados, a favor destes últimos. Até quando?
Matéria publicada no Informativo nº 211
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